Encontro nacional dos funcionários também definiu a pauta de reivindicações para a mesa de negociação permanente – São Paulo – Ampliar a luta pelo fim imediato das demissões e pela manutenção dos empregos no Santander e no Real. Essa foi a principal resolução definida no Encontro Nacional dos funcionários dos dois bancos, realizado essa semana no interior de São Paulo. Além da defesa do emprego, os dirigentes sindicais definiram uma série de reivindicações específicas que querem discutir com o Santander este ano, na mesa permanente de negociações.

Para Rita Berlofa, diretora do Sindicato e funcionária do Santander, as 400 demissões que o banco promoveu no mês passado não prejudicam somente os bancários, mas o Brasil inteiro. Ela diz que nesse momento de crise internacional, o banco espanhol, que é altamente lucrativo, deveria garantir contrapartidas sociais para nosso país, com a manutenção dos empregos e até com mais contratações.

"Mas, em vez disso, o banco demite milhares de pais e mães de famílias. Só no ano passado foram cerca de 3 mil postos de trabalho fechados no Santander e no Real. Em 2007, os dois bancos tinham 56 mil funcionários e agora estão com 53 mil. Isso diz respeito a toda sociedade e vamos realizar uma campanha de mídia para denunciar o problema das demissões. O Santander segue altamente lucrativo e não tem motivos para demitir, nem aqui, nem em lugar nenhum", conta Rita.

O slogan da campanha será Santander: Chega de Demissões! Respeite o Brasil e os Brasileiros!. Para Rita, o desrespeito do banco espanhol com o nosso país é gritante. "A empresa lucra muito aqui e envia seus ganhos para a Espanha e para os acionistas na Europa. Enquanto isso, no Brasil, ficamos com as coisas ruins do banco, principalmente as demissões", destaca.

Além da campanha da mídia, os sindicatos também vão promover uma série de protestos e manifestações, que deverá aumentar a mobilização dos bancários do Santander e do Real.

Os dirigentes também destacaram, durante o encontro, a importância de retomar as negociações para implementar as alternativas que evitam demissões, discutidas intensamente com o banco nos últimos seis meses. "Também vamos cobrar do Santander a assinatura do novo acordo aditivo, já negociado", finaliza Rita.

PPR unificado – Para a mesa de negociações permanentes deste ano, um dos principais temas que os bancários querem discutir é a criação de um Programa de Participação nos Resultados (PPR) unificado para todos os trabalhadores do Santander/Real.

Fonte: Seeb-SP – Fábio Jammal Makhou