Os bancários e a direção do Santander voltaram a se encontrar nesta quinta-feira, dia 28, em São Paulo, para novo detalhamento e apresentação da cartilha "Você e a organização: confiar para construir". Segundo os representantes dos trabalhadores, o banco continua se esquivando da apresentação de documentos fundamentais.

"Muitos dos nossos questionamentos não foram respondidos e os dados não foram comprovados por meio de documentos, como os estatutos, o regimento interno e as questões autoriais do novo plano de previdência", diz o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, João Roberto de Almeida.

O dirigente sindical lembra ainda que, em vez de estender o antigo HolandaPrev, do Real, para os demais bancários, o Santander criou um novo plano. "Para quem não tem plano com patrocinador, a proposta é razoável, pois não considera o tempo de casa e nem faz aporte que possibilite um acúmulo de reservas que permita transformá-la no futuro em real beneficio. Mas para quem já tem o HolandaPrev é péssimo, com redução de mais de 50% dos valores depositados. Nossa recomendação é que ninguém faça adesão e espere nossa análise mais aprofundada do novo fundo de pensão", diz João Roberto, ressaltando que os bancários têm 60 dias, a partir do dia 1º de junho, para fazer a escolha.

O diretor do Sindicato lembra ainda que o pacote (que o banco afirma ser de "benefícios", mas que na verdade conta com conquistas históricas arrancadas pelos trabalhadores, como o auxílio-creche) foi imposto pelo banco. "Foi colocado de forma unilateral, sem uma discussão com os maiores interessados, os bancários e seus representantes.", critica.

Pontos obscuros

João lembra que a falta de transparência do banco vai além do plano de previdência. "No quesito plano de saúde e bolsas de estudo, faltam informações claras sobre como ficarão, mas já ficam óbvios os retrocessos como redução nos valores das bolsas e em alguns casos aumento nos valores dos planos de saúde", diz.

Fonte: Seeb São Paulo