Crédito: Seeb Brasília
Dirigentes sindicais entregaram documento à Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), na Polícia Federal (PF), assinada pelas entidades representativas de vigilantes e bancários, pedindo a apuração dos fatos ocorridos na última sexta-feira (4), quando "um agente do Departamento de Operações Especiais (DOE) da Polícia Civil causou grande confusão e constrangimento em uma agência bancária do Itaú, na QE 26 do Guará II".
A nota descreve os acontecimentos em que o agente policial, recusando-se a apresentar identificação conforme portaria da Polícia Federal, foi impedido de entrar armado na agência. Com truculência, o agente quebrou a porta giratória, invadiu a agência e prendeu dois vigilantes e a gerente.
Ao entregar a nota, no final da 86ª reunião da CCASP, o diretor da Fetec-CUT Centro-Norte, Matuzalém Silva de Albuquerque, fez questão de afirmar que "a atitude truculenta do policial provocou riscos à segurança de trabalhadores e clientes do banco".
O presidente da CNTV, José Boaventura Santos, ao comentar o lamentável fato, lembrou da necessidade de esforços dos órgãos responsáveis para conscientização de policiais civis e militares sobre os procedimentos para a segurança bancária.
Para o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr, "a iniciativa é muito importante, pois é inadmissível que muitos policiais, apesar da orientação clara da Polícia Federal, ainda se neguem a se identificar antes de entrar numa agência".
Anderle assumiu o compromisso de participar, com as entidades representativas dos vigilantes e bancários, de audiência que será agendada pelo Sindicato dos Bancários de Brasília com a Secretaria de Segurança Pública do DF para tratar desse caso.
Veja a íntegra do documento:
Nota das entidades representativas dos bancários e vigilantes à CGCSP/CCASP
Na manhã do dia 04/06, por volta de meio-dia, um agente do Departamento de Operações Especiais (DOE) da Polícia Civil causou grande confusão e constrangimento em uma agência bancária do Itaú, na QE 26 do Guará II.
Ao tentar entrar na agência, o agente foi parado pelo alarme de detecção de metais da porta giratória da agência. O vigilante da agência, em cumprimento ao disposto em portaria editada pela Delegacia de Controle de Segurança Privada (DELESP) da Polícia Federal, e percebendo que o indivíduo estava armado, pediu a identificação do mesmo, informação que o agente se negou a fornecer. O vigilante então chamou a gerente da agência, que reiterou o pedido, recebendo nova negativa por parte do agente.
A gerente disse que entraria em contato com a área de segurança do banco, mas antes que ela o fizesse, o policial quebrou a porta giratória da agência e invadiu a agência, prendendo arbitrariamente o vigilante e a gerente, além de um segundo vigilante que fazia imagens da ação com um celular.
Como representantes das categorias dos bancários e dos vigilantes, as entidades que subscrevem esta nota pedem que a apuração dos fatos e a responsabilização dos culpados seja feita da maneira mais ágil e firme possível. Deixamos aos cuidados do CGCSP/CCASP, na figura do Dr. Adelar Anderle o encaminhamento das medidas cabíveis.
Entendemos que a conduta dos agentes, além de não condizer com a dignidade do exercício de cargo público, configura um grave desrespeito à integridade física e moral dos cidadãos presentes no ocorrido e especialmente dos trabalhadores que participaram do episódio.
Subscrevem esta nota:
CNTV – Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes
Sindvalores DF
Contraf-CUT
Sindicato dos Bancários de Brasília
Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal
Comissão Nacional de Segurança Bancária
Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília