Bancários e vigilantes protestam contra insegurança nos bancos no Rio
Crédito: Nando Neves – Seeb Rio
Bancários cobraram fechamento das agências sem vigilantes
Protestos nos mais importantes estados do país, nesta quarta-feira (21), marcaram o Dia Nacional de Luta por Mais Segurança nos Bancos, organizado pela Contraf-CUT, sindicatos filiados, entre eles o do Rio de Janeiro, e pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV).
São três as principais bandeiras do Dia Nacional: não à retirada das portas giratórias das agências, combate ao crime da "saidinha de banco" e proteção à vida de trabalhadores e clientes.
No Rio foi realizado um protesto em frente ao Itaú da Avenida Rio Branco. O banco foi escolhido por ter anunciado, recentemente, a retirada de todas as portas giratórias das agências, aumentando a insegurança.
O diretor do Sindicato e membro do Coletivo Nacional de Segurança Bancária da Contraf-CUT, André Spiga, ressaltou que, nas cidades onde não há lei obrigando a instalação deste equipamento, o Itaú já deu início à retirada. "É uma irresponsabilidade, um retrocesso. Agindo assim, o banco deixa as agências entregues aos bandidos", advertiu.
Retrocesso
A estatística nacional da Febraban aponta que, em 2000, houve 1.903 ataques a bancos. Em 2010, o número baixou para 369, uma queda de 80,16%. Já em 2011, quando alguns bancos retiraram portas giratórias, foram apurados 422 assaltos, um crescimento de 14,36%.
"Por isto mesmo, defendemos não apenas a suspensão da retirada das portas giratórias, como também a instalação dos equipamentos em todos os bancos, já na entrada do autoatendimento e não apenas na entrada da parte interna das agências como acontece hoje", afirmou André.
Para combater a "saidinha de banco", outra reivindicação importante, os bancários defendem a colocação de biombos entre a fila e os caixas, assim como divisórias individualizadas e opacas entre os caixas eletrônicos, para dificultar a visualização das transações por olheiros e proteger a vida das pessoas.
Fonte: Seeb Rio
Bancários param agências e cobram mais segurança em Belo Horizonte
Crédito: Seeb BH
Mobilização no Dia Nacional de Luta por Mais Segurança nos Bancos
Em manifestação realizada na manhã desta quarta-feira, dia 21, na Praça Sete, no centro de Belo Horizonte, o Sindicato voltou a exigir dos bancos mais investimentos em segurança. A manifestação fez parte das mobilizações que ocorrem por todo o país, no "Dia Nacional de Luta por mais Segurança nos Bancos", envolvendo trabalhadores, clientes e a população.
Os bancários paralisaram as agências do Itaú, Bradesco, Santander, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, dialogaram com os trabalhadores e distribuíram uma publicação dirigida aos clientes e usuários das agências mostrando a importância de mais investimentos em segurança.
O presidente do Sindicato, Cardoso, ressaltou que o objetivo da mobilização foi denunciar e alertar a sociedade para o descaso dos bancos em investir mais em segurança, apesar dos lucros gigantescos das instituições.
"Durante o dia de luta, os bancários de todo o país protestaram contra a retirada de portas giratórias no Banco do Brasil, Itaú e Bradesco, o que é um absurdo porque isso fragiliza a segurança das agências e postos de atendimento, aumentando o risco para trabalhadores e clientes. Os bancários exigem não só a manutenção das portas giratórias, mas a instalação em todos os estabelecimentos", afirmou Cardoso.
Instaladas no final dos anos 90, após muitas lutas dos bancários e aprovação de leis municipais, a experiência revela que as portas giratórias têm sido eficientes na redução dos assaltos. A estatística nacional da Febraban aponta que em 2000 houve 1.903 ocorrências. Em 2010, o número baixou para 369, uma queda de 80,16%.
De acordo com a 2ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, divulgada nesta quarta feira, 21, elaborada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), aponta 1.591 ocorrências em 2011, uma média de 4,36 por dia.
Desses casos, 632 foram assaltos (inclusive com seqüestro de bancários e vigilantes), consumados ou não, e 959 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos (incluindo o uso de dinamites e maçaricos).
O Sindicato ressalta a importância de garantir a instalação de portas giratórias, por meio da aprovação de leis municipais e estaduais e exige também que esse equipamento seja item obrigatório no projeto de lei de estatuto de segurança privada, que está sendo elaborado pelo Ministério da Justiça para atualizar a lei federal nº 7.102/83.
A mobilização visou também combater o crime da "saidinha de banco", responsável por 32 das 49 mortes em assaltos envolvendo bancos em 2011 em todo país. O Sindicato reivindica privacidade nas operações de saques, através da instalação de biombos entre a fila de espera e os caixas e colocação de divisórias opacas e individualizadas entre os caixas eletrônicos.
"Exigimos também mais investimento em segurança, já que os cinco maiores bancos do país lucraram R$ 50,7 bilhões em 2011, enquanto gastaram apenas R$ 2,6 bilhões em despesas de segurança e vigilância, o que significa uma média de 5,2% em relação aos lucros. Está na hora de as instituições financeiras tratarem a segurança como investimento e não como custo. Afinal, a vida das pessoas vale mais que o lucro", enfatizou Cardoso.
Fonte: Seeb BH
Em Porto Alegre, bancários e vigilantes protestam e cobram mais segurança
Crédito: Seeb Porto Alegre
Mobilização no Dia Nacional de Luta por Mais Segurança nos Bancos
Bancários e vigilantes se uniram nesta quarta-feira (21), no dia nacional de luta por mais segurança nos bancos. Com atividades em todo o País, as duas categorias fizeram um ato público na Praça da Alfândega, no centro de Porto Alegre.
Com faixas pedindo mais segurança dos bancos e pedindo um basta para a insegurança, os trabalhadores expuseram as fragilidades e a falta de equipamentos que inibam assaltos em agências, além de exigiram mais investimentos.
"Da mesma forma que aos bancários, os bancos não dão condições dignas de trabalho para os vigilantes. Os bancos começam não dando condições de trabalho para as categorias, depois se negam a investir em segurança e por fim se negam a dar assistência para as vítimas. Nunca aceitamos essa postura, fruto da ganância dos banqueiros, e podem ter certeza, continuaremos lutando por mais segurança", afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, Mauro Salles.
"Essa luta não é somente dos bancários e dos vigilantes, mas de todo os brasileiros", garantiu o diretor da Fetrafi-RS, Juberlei Bacelo. Ele lembrou que os mesmos bancos, que se negam a investir em segurança, são aqueles que não respeitam e se acham acima da legislação.
"Se há dispositivos de segurança instalados nas agências, é porque nós lutamos para que leis fossem aprovadas e lutamos ainda mais, como continuamos fazendo, para que as instituições financeiras as respeitassem", garantiu Juberlei.
O vigilante Juarez Medeiros classificou o dia como uma data especial, para que os trabalhadores e a sociedade digam "chega de insegurança". Além de convidar a categoria para a assembleia dos vigilantes que ocorre nesta quarta-feira, ele lamentou o fato de dois colegas terem sido feridos durante o assalto que ocorreu na terça-feira (20), no Itaú da avenida Assis Brasil.
Os vigilantes podem decretar greve. A categoria exige aumento real e do vale-alimentação de 15%, além de 25% de adicional de risco de vida. As empresas ofereceram reajuste de 7,8% nos salários e 10% no vale-alimentação.
Movimento de conscientização
O diretor Jurídico do SindBancários, Lucio Mauro Paz, lembrou que bancários, vigilantes, governo e bancos tem sua parcela de responsabilidade na segurança das agências, mas que as instituições financeiras não a assume.
"Os bancos dizem que investiram R$ 2 bilhões no ano passado em segurança, mas não dizem onde. Pelo menos, em vidros blindados, portas giratórias, em mais vigilantes ou na qualificação desses trabalhadores não foi", garantiu.
Para o diretor de Comunicação do Sindicato, Everton Gimenis, está na hora dos bancos mudarem sua postura. "Os banqueiros deixam de investir na vida das pessoas, preferindo priorizar a estética das fachadas".
Fonte: Seeb Porto Alegre