Os dirigentes sindicais também reforçaram o pedido de agendamento de uma negociação com o banco, a fim de discutir a realização de um processo democrático e transparente para eleger os representantes dos participantes nos conselhos deliberativo e fiscal do fundo de pensão, a exemplo do Banesprev e Bandeprev, também patrocinados pelo Santander.
As eleições no SantanderPrevi foram discutidas em várias reuniões do Comitê de Relações Trabalhistas. Numa delas, em 18 de maio de 2010, o banco registrou em ata que "não há previsão de qualquer processo eleitoral para o ano de 2010 e que o movimento sindical será previamente avisado dos próximos processos eleitorais". No entanto, nenhum documento foi enviado pelo banco para as entidades sindicais sobre o processo em andamento.
"Estamos diante de uma farsa eleitoral montada vergonhosamente no SantanderPrevi", avaliou o diretor da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo, Paulo Garcez. Ele lembrou que bancos públicos e privados, como o Itaú Unibanco, realizam processos democráticos e transparentes para escolher os representantes dos participantes na gestão dos fundos de pensão.
"O banco repetiu o processo antidemocrático e desrespeitoso com os trabalhadores que aconteceu em 2009, quando foi alterado de forma unilateral o estatuto do HolandaPrevi, o que prejudicou milhares de participantes", salientou a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa.
"Vamos realizar uma jornada de lutas em todo país, a fim de pressionar o Santander para que respeite o Brasil e os brasileiros", destacou o coordenador da COE do Santander, Marcelo Sá. A Contraf-CUT vai encaminhar orientações aos sindicatos e às federações de bancários.
O ataque à democracia no SantanderPrevi ocorre às vésperas da posse do novo presidente do banco no Brasil, o espanhol Marciel Portela.
Fonte: Contraf-CUT