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Crédito: Seeb São Paulo

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A greve nacional dos bancários começou com mais força do que no ano passado. Nessa quarta-feira 29, primeiro dia da paralisação, os bancários fecharam pelo menos 3.864 agências em todas as capitais e inúmeras cidades do interior onde há presença de instituições financeiras, além de centros administrativos de todos os bancos.

Esse balanço é ainda parcial. Foi feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) a partir dos dados enviados pelos sindicatos até as 18h. Mesmo assim, já é um índice de paralisação superior ao alcançado no primeiro dia da greve do ano passado, quando os bancários fecharam 3.585 agências.

"Essa grande participação na greve mostra a indignação dos trabalhadores com os bancos. Apesar de apresentarem crescimento médio de 32% no lucro líquido do primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado, os bancos só ofereceram o índice de inflação de 4,29%, ou seja, zero de aumento real, além de terem rejeitado todas as demais reivindicações sobre remuneração, saúde e emprego. Essa intransigência dos banqueiros empurra a categoria para ampliar a greve", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

A greve, por tempo indeterminado, atinge todos os 26 Estados e o Distrito Federal e todos os bancos, públicos e privados. "Como nos anos anteriores, a tendência é o índice de paralisação aumentar a partir do segundo dia, uma vez que os bancos até agora não acenaram com a retomada das negociações para apresentar uma proposta que contemple as reivindicações dos trabalhadores", acrescenta Carlos Cordeiro.

O que os bancários reivindicam

● 11% de reajuste salarial.

● Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.

● PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.

● Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.

● Previdência complementar em todos os bancos.

● Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.

● Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização via correspondentes bancários.

● Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.

● Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos.

Fonte: Contraf-CUT

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