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Os bancários continuam com os protestos contra demissões, rotatividade, assédio moral, metas abusivas, condições precárias de saúde, segurança e a terceirização no Itaú. Nesta terça-feira, 12 de junho, paralisaram as atividades de cinco agências na capital paraibana, em mais um Dia Nacional de Luta orientado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenado pelo Sindicato dos Bancários da Paraíba (SEEB-PB).

Utilizando serviço de som, faixas e distribuindo carta-aberta à população, os bancários vão protestaram, denunciando à sociedade as atitudes da direção do Itaú, que vem dispensando milhares de pais e mães de família sem qualquer justificativa em todo o país, desde o anúncio da fusão com o Unibanco, em 2008.
 
"Apesar do lucro líquido de R$ 3,4 bilhões no primeiro trimestre, fechou 1.964 postos de trabalho, uma redução de 7,4% em relação ao mesmo período ano passado, o que acumula um corte de 7.728 vagas nos últimos 12 meses. Uma vergonha para a instituição financeira que mais lucra no Brasil!", extravasou Marcelo Alves, secretário geral do SEEB-PB.
 
Segundo dados do Dieese, o Itaú tinha 104.022 funcionários em março de 2011, diminuiu para 98.258 em dezembro e reduziu para 96.204 em março de 2012. Enquanto isso, outros bancos geraram empregos.
 
Por isso, os bancários estão realizando manifestações em todo o país, denunciando que a campanha de marketing “Vamos jogar bola” esconde a verdadeira face da instituição financeira. Quem vê a propaganda na mídia não imagina a dura realidade vivida pelos funcionários do banco feito para “demitir” você.
 
Diretor do Itaú ganha 280 vezes a mais do que quem recebe piso

Enquanto pratica demissões em massa, o Itaú pagou R$ 7,45 milhões por diretor em 2011. Com isso, a instituição é o único banco que aparece na lista das dez empresas com maior gasto médio por diretor, conforme levantamento do jornal Valor Econômico publicado no dia 31 de maio.

O ranking foi feito com os maiores gastos médios dentro de cada diretoria, com base na documentação apresentada por 206 companhias abertas brasileiras junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

 

César Estrela, funcionário do Itaú e diretor de patrimônio do Sindicato dos Bancários da Paraíba critica essa disparidade no Banco Itaú e anuncia que as manifestações vão continuar até que o banco mude essa postura desumana. “Os bancários merecem respeito, pois somos nós que trabalhamos em condições desfavoráveis para produzir os lucros recordes. Portanto, não podemos aceitar calados que nos tirem a segurança, a tranqüilidade, a saúde, a paz, os direitos e os empregos sem esboçar nenhum tipo de reação”, concluiu.

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