Após ofício encaminhado pelo Sindicato dos Bancários à Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) solicitando reunião entre a entidade e a Segup para discutir a segurança bancária, finalmente as portas do gabinete se abriram na manhã de quinta-feira (27) para tratar do assunto.

Durante o encontro, o Sindicato dos Bancários do Pará entregou ao secretário de Segurança Pública, Luiz Fernandes Rocha um documento elaborado na quarta (26) pela entidade em conjunto com representantes do Banco da Amazônia, Banpará, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Itaú, HSBC e Sindicato dos Transportadores em Carro Forte, no qual apresenta 13 propostas de combate a insegurança bancária no Pará.

"Precisamos de medidas urgentes e também eficazes. Esperamos que o governo se sensibilize com essa causa que não é só da categoria bancária, mas também da população em geral, uma vez que trata de segurança pública também. Este documento não foi construído somente por nós, mas também por pessoas que cuidam da segurança nos bancos e sabem também que pontos podem ser melhorados em curto prazo e que podem trazer retornos imediatos, que é o que todos nós queremos, para que outras pessoas não sejam as próximas vítimas dessas organizações criminosas", destacou a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Entre as propostas apresentadas estão a "efetivação imediata de concurso público para aumentar o contingente policial em todo o estado, em especial para o interior com capacitação e infraestrutura (veículos, armamentos eficazes, equipamentos de comunicação e de proteção individual); reativação do Grupo de Trabalho de segurança bancária, de forma permanente, composto pelos seguintes representantes: sindicatos (bancários, vigilantes e transporte de valores), representantes dos bancos instalados em nosso estado, Secretaria de Segurança Pública (polícias civil e militar), Polícia Federal, Exército, Ministério Público do Estado, com realização de reuniões mensais para debater e criar soluções factíveis para coibir os atos de criminalidade em nosso estado".

O Sindicato também propôs a realização de um seminário sobre segurança bancária, ainda no primeiro semestre de 2013, com a participação de representantes dos bancos, dos órgãos de segurança pública, do poder legislativo, judiciário, do Sindicato dos Vigilantes, dos Transportadores em Carro Forte e também da sociedade em geral.

"Essa integração é importante para combatermos tanto a saidinha bancária, o sapatinho, quanto o vapor. Acreditamos que essa comunicação entre a sociedade, trabalhadores, bancos e o governo possam reprimir a ação de quadrilhas de assalto a banco. Não basta só investir em uma região apenas, tem que haver de fato uma ação para todo o estado", afirmou o diretor do Sindicato e representante do Coletivo Nacional de Segurança Bancária pela Fetec-CUT/CN, Sandro Mattos.

A Contraf-CUT esteve representada pelo secretário de Relações de Trabalho, Adilson Barros, que reforçou que quando há cobrança e pressão por parte das entidades sindicais a realidade começa a mudar.

"A instalação dos biombos, que inclusive veio daqui do Pará, agora faz parte do projeto piloto de segurança bancária que vai ser implantado pela Fenaban em Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes. Esse projeto só está sendo colocado em prática após várias discussões e reuniões propostas pelas entidades com a Federação. Os sindicatos não estão preocupados só com economia, mas também com a cidadania, com os trabalhadores e com a sociedade em geral", lembrou.

A Secretaria de Segurança Pública reconheceu a necessidade de se investir em mais segurança bancária tanto pelo governo estadual quanto pelas próprias instituições financeiras; destacando que medidas como a instalação dos biombos são comprovadamente eficazes, pois segundo o órgão, reduziu em quase zero os casos de saidinha bancária próximo as agências que já possuem as barreiras visuais.

A Segup também se comprometeu a convidar formalmente o Sindicato para uma reunião que irá ocorrer no dia 15 de janeiro no Banco da Amazônia em Belém com representantes de bancos para discutir a segurança.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Pará