Ao meio-dia de terça-feira, dia 26, houve concentração na Praça Sete, em frente às agências do Unibanco e Real. Às 12h30, os bancários promoveram outra atividade em frente à agência Tupinambás da Caixa Econômica Federal. E, às 13h, foi a vez dos trabalhadores se manifestarem em frente ao prédio da agência do BB, na rua Rio de Janeiro, no centro de Belo Horizonte.

Durante a mobilização, os representantes dos bancários ressaltaram a importância do voto de cada um neste domingo e lembraram que o desfecho das eleições pode sinalizar a continuidade dos avanços conquistados durante o governo Lula.

Os dirigentes sindical lembram que o projeto do atual governo dialoga e respeita a organização dos trabalhadores, gerou mais de 14 milhões de empregos e promoveu a maior inclusão social da história do país.

O outro projeto em disputa representa um retrocesso a tempos sombrios para os bancários e para os trabalhadores em geral com ataques aos direitos adquiridos, privatizações e concentração de renda.

Todos foram unânimes em alertar para o risco de os bancos públicos federais serem privatizados, caso a condução do governo brasileiro volte às mãos de governantes neoliberais que na década de 1990 promoveram o desmonte da Caixa e do BB.

Naquela época, os bancários sofreram com demissões, PDVs, desestímulo à carreira, arrocho e congelamento salarial, retirada de direitos, divisão de funcionários em antes e pós-98, terceirizações, aumento ilegal da jornada de trabalho, além de ataques à organização dos trabalhadores e enfraquecimento das duas instituições.

"Quem se esquece da política perversa do governo neoliberal que coordenou o processo de privatizações de empresas estatais, como a Vale do Rio Doce, a Embraer, todo o sistema Telebrás, entre outras?", questionou Cardoso, presidente do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte. Ele recordou ainda que foi na era neoliberal que começou o processo de reestruturação e enxugamento na administração federal e que demitiu, por exemplo, 42 mil funcionários do Banco do Brasil e eliminou mais de 23 mil postos de trabalho na Caixa entre 1995 e 2002.

Para Cardoso, por tudo isso, cabe a todos que participaram e participam das lutas de resistência em defesa do emprego, dos direitos e dos bancos públicos, fazer do voto a sua principal arma contra a ameaça que o retorno da política privatista representa para a categoria.

"Não podemos nos esquecer que a privatização só não foi concretizada por causa do movimento de resistência dos trabalhadores e da eleição do presidente Lula, que implementou uma política de fortalecimento da Caixa e do BB e deixou claro a importância destes bancos para estímulo ao consumo, através da ampliação do crédito que fomentou o crescimento econômico durante a crise financeira mundial", ressaltou.

Fonte: Seeb BH

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