Confira a nota na íntegra:
Bancários apoiam a luta dos bombeiros
Os bancários do Rio de Janeiro não poderiam se calar frente à postura intransigente e truculenta do governador Cabral Filho, que tem tratado as justas reivindicações salariais dos bombeiros do estado como caso de polícia. Se recusa a negociar, manda o
Bope desocupar a tiros e bombas de gás lacrimogêneo o quartel da corporação e chama de vândalos aqueles que são, na verdade, os heróis que trabalham salvando vidas.
Vale a pena lembrar que os bombeiros participaram, entre outros, do resgate às vítimas da tragédia da Região Serrana. E que, entre os 439 presos, está um bombeiro que esteve no Haiti, ajudando a salvar a população atingida pelo terremoto.
São mais que justas as reivindicações da categoria: piso salarial de R$ 2 mil e vale-transporte. Hoje, os bombeiros do Estado do Rio recebem os piores salários do país: R$ 1.031, três vezes menor que os de Brasília, R$ 4.129,73. Os de Sergipe recebem R$ 3.012; os de Goiás, R$ 2.722; e os de São Paulo, R$ 2.170. Não há, portanto, por que não atendê-los.
Diante de toda esta situação, a diretoria do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro decidiu prestar apoio irrestrito à luta destes trabalhadores, exigir do governo do estado a libertação e anistia dos 439 presos e negociações salariais sérias. Lutar não é crime, é um direito legítimo de todo o trabalhador.
Sindicato dos Bancários do Município do Rio de Janeiro
Fonte: Contraf-CUT, com Seeb Rio