Crédito: Seec Pernambuco

Seec Pernambuco Os funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) cruzaram os braços na sexta-feira, dia 27, e paralisaram suas atividades por uma hora na agência e no centro administrativo da empresa na avenida Conde da Boa Vista, no Recife. O protesto chamou a atenção para a falta de respeito do BNB, que suspendeu o pagamento da parcela acidional da PLR, rasgando o compromisso que assumiu com os bancários. Durante a manifestação, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco distribuiu bolo de rolo, em alusão à enrolação do BNB.

A presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, destaca que os funcionários do BNB participaram massivamente do protesto. "Os bancários estão de parabéns. Mais uma vez, mostramos para o banco que seus empregados não aceitam esta falta de respeito da diretoria, que não cumpriu o compromisso assumido na mesa de negociação. A paralisação desta tarde foi muito importante para pressionar o banco. E vamos continuar a luta até que a empresa pague o adicional de PLR, conforme o acordo fechado", diz Jaqueline.

O secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira, participou do protesto. "Os bancários do BNB estão mobilizados no Brasil inteiro, num Dia Nacional de Luta. O objetivo é pressionar o banco para acelerar a solução desta pendência. Nos últimos meses, fizemos uma série de protestos que fez a direção do banco ceder e aceitar a PLR adicional. Entretanto, na última hora, o banco comunicou sem explicação convincente que não faria mais o pagamento. Então, estamos retomando a mobilização para pressionar, não só a direção do banco, mas o governo e principalmente o Dest (Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais)", destaca Miguel, que acompanha a Comissão Nacional dos Funcionários do BNB.

Segundo o banco, o pagamento da PLR adicional não foi feito porque o Dest não autorizou. Pelo compromisso assumido pelo BNB, os bancários deveriam ter recebido, na segunda-feira passada, dia 23, cerca de R$ 1.000 em forma de uma PLR adicional. O valor equivale a 2% do lucro líquido dividido igualmente entre todos os funcionários. "Ao não cumprir o compromisso, o banco e toda a sua diretoria caem no descrédito", afirma Jaqueline.

Decepção e revolta

A decepção e a revolta dos bancários com a falta de palavra do BNB eram visíveis em todos que participaram do protesto. O empregado do banco, Fernando Batata, considerou um "absurdo" a postura do BNB.

"O Sindicato escreveu a palavra correta no site para definir a postura do banco: uma enrolação. O BNB prometeu, mas não cumpriu. Assim, temos de nos mobilizar e organizar a luta. Infelizmente, o cliente sofre com as paralisações, mas não temos outro caminho", disse Batata.

Outro funcionário do banco, Marcos Tadeu, considerou péssima a postura do BNB. "O próprio Jurandir Santiago, presidente do banco, prometeu que pagaria a PLR adicional. Todo mundo estava contando com este dinheiro e em cima da hora ficamos sabendo que o pagamento não seria feito. Estou decepcionado", lamentou.

Fonte: Contraf-CUT com Seec

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