Crédito: Seec PE

Seec PE Os bancários paralisaram na terça-feira, dia 5, a agência Parnamirim do Santander, no Recife, em protesto contra a falta de segurança dos bancos. A manifestação aconteceu um dia após a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) ter se recusado a assinar o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público de Pernambuco para garantir o cumprimento da Lei de Segurança Bancária do Recife.

A fragilidade na segurança e o triste histórico de assaltos – inclusive com mortes – foram alguns dos motivos que levaram os bancários a escolher a agência Parnamirim do Santander como alvo dos protestos desta semana.

"Essa agência está totalmente vulnerável a assaltos. Ela não apresenta os itens de segurança exigidos por lei, como biombos entre os caixas, câmeras externas e a presença de dois vigilantes por pavimento", explica o diretor do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Flávio Coelho.

Ele destaca que o protesto foi bem recebido pelos funcionários, que convivem com o medo constante de perder a vida. "Os clientes também estão preocupados com a situação desta agência. No último assalto que aconteceu aqui, dois funcionários foram feitos como reféns e um bandido morreu. As pessoas estão com medo de trabalhar em uma agência como esta", justifica Flávio.

Apoio dos clientes

Os clientes do Santander também externaram suas preocupações com a falta de segurança. "Não me sinto seguro. Está tendo muito assalto a banco, a gente entra na agência e não se sente seguro. Os bancos precisam investir mais em segurança", reclama o motoboy, Luciano Ferreira.

A sensação de insegurança é compartilhada por Regina da Fonte, cliente da agência. "Eu também não me sinto segura. Venho ao banco porque não tem jeito. Eu trabalho e meu salário vem para essa agência. Por isso eu venho pagar minhas contas aqui, mas eu não me sinto segura. Venho sempre rezando muito para que nada aconteça enquanto eu estiver aí dentro", confessa.

Segundo a diretora do Sindicato e funcionária do Santander, Helena Paulino, a compreensão e a solidariedade demonstrada pela população durante o protesto – que durou até o final do expediente bancário – foram fundamentais para o sucesso da atividade.

"Na minha avaliação, essa manifestação foi muito boa porque contou com a compreensão da população e o apoio dos próprios funcionários", conclui Helena.

Fonte: Contraf-CUT com Seec PE

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