Crédito: Seec Pernambuco
Protesto denuncia insegurança e desrespeito do banco
"Essa agência foram recém-inauguradas e já nasceram fora da lei. Não sei como a Prefeitura e a Dircon deram o alvará de funcionamento, porque elas não têm nem mesmo o que nós consideramos como o principal item da segurança, que é a porta giratória com detector de metal", questiona Jaqueline.
Além da porta de segurança, a presidenta do Sindicato lembra que as agências não dispõem de biombos, vidros blindados e vários outros itens exigidos por lei.
"O objetivo dessa paralisação é pressionar, em primeiro lugar, o Bradesco e os demais bancos para que eles cumpram a lei e que assinem o Termo de Ajuste de Conduta proposto pelo Ministério Público. Em segundo lugar, estamos pressionando a Prefeitura para que ela faça com que a lei seja cumprida. Para isso, é preciso interditar todas as agências que já foram autuadas e multadas. Sem punição, os bancos vão continuar descumprindo a lei", afirma Jaqueline.
Mais uma vez, o protesto foi muito bem recebido pelos funcionários, clientes e usuários que se identificam com a reivindicação do Sindicato. O respeito à vida e à integridade física de quem precisa utilizar os serviços bancários é preocupação constante em todas as atividades realizadas pela entidade.
Para Suzineide Rodrigues, secretária de Finanças do Sindicato e funcionária do Bradesco, a sociedade compreende que a luta por melhoras condições de segurança nas agências também é dela, e se solidariza com os manifestantes.
"O Sindicato veio protestar e teve resposta da sociedade, que nos apoiou o dia todo. O Sindicato está fazendo a sua parte, que é pressionar os bancos e denunciar a falta de segurança. Cabe agora à Prefeitura fazer a parte dela. Esperamos que a Dircon e o Procon interditem tanto essas agências do Bradesco como todas as outras que se encontram na mesma situação de total desrespeito à lei", diz Suzineide.
O protesto do Sindicato foi realizado uma semana depois que o Ministério Público de Pernambuco encerrou as negociações com a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), que visavam garantir o cumprimento da Lei Municipal de Segurança Bancária (17.647), em vigor há mais de um ano e meio.
O MP chegou a apresentar um Termo de Ajuste de Conduta estabelecendo prazos de até noventa dias para os bancos se enquadrarem à nova legislação. Depois de mais de três meses de discussões, a promotoria encerrou as negociações ao perceber que os bancos não tinham a menor intenção de assinar o Termo.
Violência crescente
De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS) do Governo do Estado, de janeiro a abril deste ano foram registrados 12 assaltos a banco em Pernambuco. No mesmo período de 2011, foram quatro, ou seja, um aumento de 200%. A maioria dos crimes ocorreu nas agências e postos de atendimento do Bradesco.
Fonte: Contraf-CUT com Seec Pernambuco