A Contraf-CUT realiza nesta sexta-feira, 13 de maio, um Dia Nacional de Luta contra a discriminação nos bancos. Com o mote "Vamos abolir a discriminação e promover a inclusão: Por mais contratações de negros, negras e pessoas com deficiência nos bancos", a mobilização envolverá bancários de todo o país, através de manifestações que estão sendo organizadas pelos sindicatos, na luta por igualdade de oportunidades no sistema financeiro e na sociedade.

Haverá atividades em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Fortaleza, Recife, Cuiabá, Belém, Juiz de Fora, Londrina, ABC e Taubaté, entre outras cidades.

"Nossa intenção é discutir o significado dessa data, que comemora a abolição da escravatura no Brasil, e suas consequências para a população negra, que convive com uma triste herança de discriminação e exclusão", afirma Deise Recoaro, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.

Pesquisas feitas nos últimos anos pelo movimento sindical e pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) comprovam que os bancos discriminam negros, negras e pessoas com deficiência, tanto no acesso ao emprego bancário quanto na remuneração e na ascensão profissional.

Segundo dados do Mapa da Diversidade, feito em 2009, as pessoas negras correspondem a 35,7% da População Economicamente Ativa do país. No entanto, no setor financeiro, negros e negras ocupam apenas 19% das vagas. Além disso, os negros recebem salários menores do que os brancos dentro dos bancos. Enquanto um branco recebia em média R$ 3.411 em 2009, o negro recebia um salário médio de R$ 2.870.

"Há tempos a Contraf-CUT e o movimento sindical bancário formaram a convicção de que é preciso incorporar à sua prática cotidiana o combate a todas as formas de exclusão, entre elas a discriminação e o preconceito. Vamos para as ruas levar essa luta até as pessoas e buscar a igualdade dentro dos bancos", destaca Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT