Crédito: Jailton Garcia
Coordenador do GT, Carlos Souza, diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, elogiou a pluralidade das discussões e classificou o debate como produtivo. "O debate foi muito bom porque foi plural e ocorreu de forma democrática. Isso é importante para a organização dos bancários, pois mostra que iremos construir, de fato, grandes mobilizações para garantir nossos direitos e avançar nas nossas conquistas", observa Souza.
Unidos, somos mais fortes
Diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, Jeferson Meira fez um apelo pela unidade da categoria. "Há uma crise do capitalismo e do pensamento dos funcionários do BB. Hoje, o funcionário se propõe ao individualismo exacerbado. Precisamos reverter essa lógica perversa e trabalharmos em prol da conscientização desses trabalhadores. A luta tem que ser coletiva", opinou, ao pedir unidade também entre os bancários do movimento sindical. "Não podemos fragmentar a categoria por divergências políticas. É essencial encararmos os desafios que o capitalismo nos impõe de forma unificada", acrescentou.
Um banco público para o Brasil
Durante o GT, os bancários ainda lembraram as transformações sofridas pelo BB nos últimos anos, muitas delas negativas para o funcionalismo. A mudança de rumos da direção do banco, que vem priorizando os lucros em detrimento do desenvolvimento da agricultura e dos pequenos empresários, foi outra preocupação levantada pelo funcionalismo do BB no congresso, que tem como tema ‘Um banco público para o Brasil’.
Os inúmeros problemas enfrentados pelos bancários do Besc, do BEP e da Nossa Caixa – instituições incorporadas pelo BB – foram citados por delegados e observadores que participaram do grupo de trabalho.
Confira, abaixo, as principais deliberações do grupo de trabalho sobre banco público e organização do movimento.
Bancos públicos
– Criação dos comitês de reestatização;
– Fim imediato das terceirizações;
– Denunciar o BB à OIT por maus tratos aos funcionários dos bancos incorporados pelo BB;
– Suspensão do BB 2.0 e dos modelos das agências complementares;
– Fim das reestruturações e suspensão das centralizações em curso;
– Combate à homofobia no BB e no movimento sindical;
– Realização de seminário nacional para debater o banco público com participação de outros movimentos;
– Denunciar o Banco Brasil à OIT pelo desmonte da categoria bancária;
– BB deve possibilitar o custeio das certificações;
– Retirar o GAT do Sinergia;
– Movimento nacional pelo tempo mínimo de permanência nas filas das agências;
– Luta pela democratização dos bancos públicos;
– Fim imediato dos correspondentes bancários;
– Preservação dos direitos dos funcionários incorporados pelo BB.
Organização do movimento
– Fortalecimento das mesas concomitantes;
– Eleição direta dos integrantes que participam da mesa de negociação;
– Unificação das campanhas salariais dos servidores públicos
– Desconto ou compensação das horas de greve
– Autonomia do Congresso do BB, sem vinculação com correntes políticas;
– Fortalecimento da representação por local de trabalho;
– Eleição direta dos vice-presidentes e presidente do BB pelo funcionalismo.
Todas as propostas do GT devem ser apreciadas pela plenária final do 22º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, prevista para este domingo (10). Caso sejam aprovados, os itens constarão na pauta final dos funcionários do BB para a Campanha Nacional Unificada deste ano.
Rodrigo Couto
Rede de Comunicação dos Bancários