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hsbc_santander_acordo_global.gifA campanha da UNI Finanças por acordo global com HSBC e Santander continua intensificando o processo de mobilização e buscando a abertura de negociações com as direções mundiais dos dois bancos. Em nova teleconferência realizada na manhã desta terça-feira, dia 25, a Contraf-CUT apontou a necessidade de aproveitar as assembleias de acionistas, que ocorrem nos próximos dias, para cobrar diálogo com as duas multinacionais, a fim de construir um acordo que garanta direitos fundamentais aos trabalhadores em todo mundo.

Participaram da teleconferência os diretores da Contraf-CUT, Miguel Pereira e Ademir Wiederkehr, representantes nos Grupos de Coordenação da Aliança Sindical Global do HSBC e do Santander, respectivamente. A reunião foi coordenada pelo chefe mundial da UNI Finanças, Oliver Röethig, e contou com a participação do diretor regional da UNI Américas, Márcio Monzane.

HSBC

A Contraf-CUT propôs a realização de um dia nacional de luta na próxima sexta-feira, dia 28, quando ocorre a assembléia mundial dos acionistas do banco inglês, em Londres. "Orientamos os sindicatos a fazer manifestações, denunciando o descaso do banco com os direitos dos bancários e cobrando respeito e negociações para firmar o acordo global", destaca Miguel.

Uma carta aberta será disponibilizada pela Contraf-CUT para ser entregue aos clientes do banco. "Vamos exigir contratação de funcionários, fim da pressão para cumprir metas abusivas e transparência nos balanços, como forma de melhorar as condições de trabalho e valorizar os trabalhadores", adianta Miguel. "Para nós, a responsabilidade social não pode ficar só no discurso, uma vez que o HSBC ainda não fez a lição de casa", completa.

Também haverá atividades em Londres, que estão sendo organizadas por sindicatos do Reino Unido e da França.

Santander

A UNI Finanças defendeu solidariedade para os três demitidos do Sovereign Bank, em Boston, no estado de Massachusetts, nos Estados Unidos. Eles foram dispensados porque estavam organizando um sindicato de bancários. Além da carta enviada pelo sindicato global ao presidente mundial do Santander, Emilio Botín, entidades sindicais estão remetendo documentos ao Santander em cada país onde o banco possui agências, cobrando a reintegração dos demitidos.

A Contraf-CUT e o Sindicato dos Bancários de São Paulo já encaminharam cartas ao presidente do Santander Brasil, Fábio Barbosa, denunciando a intimidação e a retaliação contra os colegas norte-americanos, o que é inaceitável no banco espanhol e ainda mais num país que vive pregando democracia no mundo, mas não garante o direito de sindicalização e organização aos seus trabalhadores.

Segundo Oliver, "a recusa do Santander em abrir negociações sobre o acordo global será discutida na próxima reunião do comitê executivo da UNI Europa, em Madri". Também estão sendo debatidas iniciativas junto à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que possui diretrizes que regulam as atividades de empresas multinacionais fora dos países de origem.

"Propomos a realização de manifestações por ocasião da assembléia mundial dos acionistas, que ocorre no dia 11 de junho, na cidade de Santander, na Espanha", destaca Ademir. "Também reiteramos a necessidade de colocar uma petição on-line dirigida ao Santander no site da UNI Finanças, a exemplo do abaixo-assinado eletrônico para o HSBC, como forma de aumentar a pressão sobre o banco espanhol", salienta o diretor da Contraf-CUT. A nova petição on-line ficou de ser disponibilizada nos próximos dias.

Oliver revelou que, além dos Estados Unidos, também há problemas de sindicalização no Chile e na Colômbia. O descaso com os direitos básicos dos trabalhadores também será discutido no 2º Encontro de Sindicatos de Transnacionais Espanholas, que ocorre nos dias 1, 2 e 3 de junho, em Bogotá, que contará com a participação de Ademir como representante da Contraf-CUT.

"É hora de fortalecer a campanha por acordo global com o HSBC e Santander em todo planeta. São dois bancos que acumulam lucros gigantescos, mas não garantem direitos elementares aos bancários. Não é essa globalização que defendemos, onde somente as empresas estão ganhando, enquanto os trabalhadores seguem perdendo, seja em remuneração, seja em relações de trabalho, seja em valorização profissional", conclui Miguel.

Fonte: Contraf-CUT com UNI Finanças

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