"Trata-se de uma medida inaceitável, que precisa ser alterada imediatamente, pois se trata de um baita retrocesso, inclusive na contramão das discussões na Mesa Temática da Fenaban, onde trabalhadores e bancos debatem a reversão de áreas terceirizadas", afirmou o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. "Queremos a geração de empregos, mas sem terceirização e precarização", destacou.
"Reivindicamos que não sejam contratados através de empresa terceirizada, que o banco contrate diretamente esses trabalhadores, pagando a estes todos os direitos previstos na convenção coletiva", defendeu o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander e diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Marcelo Sá.
O banco alegou que "as contratações estão de acordo com a lei e que já realiza esse procedimento desde 2005 para atender o aumento da demanda decorrente do período de veraneio e que outros bancos também o utilizam", conforme registro do banco em ata. Os bancários afirmaram desconhecimento dessa forma de contratação precarizada.
Os dirigentes sindicais lembraram que vários bancos incentivam o deslocamento de funcionários de outras agências para o litoral nesta época do ano para auxiliar no atendimento da clientela nas praias. "Essa medida existia no Meridional e no Banespa e sempre funcionou com bons resultados para o banco e os trabalhadores", salientou o diretor da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro, Paulo Garcez.
Após intenso debate, o banco se comprometeu a avaliar as reivindicações das entidades sindicais e se manifestará sobre o assunto até a próxima quarta-feira, dia 22. "Esperamos que o banco recue e atenda as demandas dos bancários, que visam preservar os direitos dos trabalhadores e garantir qualidade no atendimento aos clientes do banco", conclui Ademir.
Fonte: Contraf-CUT