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Nesta sexta-feira, 9 de abril, foi a vez da Agência Cruz das Armas, em João Pessoa – PB, abrir  o expediente ao público somente às 11h, enquanto os bancários protestavam pela implantação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), Plano Odontológico, e reivindicavam melhores condições de trabalho. A atividade faz parte do calendário de lutas dos funcionários do Banco do Brasil no país.

Enquanto uma parte da diretoria do SEEB – PB realizava o ato público no autoatendimento, outros diretores se reuniam com os funcionários no interior da agência para fortalecer a mobilização e aprofundar as discussões sobre questões como: pressão, metas abusivas, assédio moral e contratação de mais funcionários, dentre outros.

Para Marcos Henriques, presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, é muito fácil  Aldenir Bendine, presidente do Banco do Brasil, afirmar em entrevista que "não precisamos ter vergonha de obter lucros", por que "os lucros demonstram eficiência na administração dos negócios". "Só que essa visão está distorcida, pois os lucros não podem ser um atropelo ao direito que  a população tem de ser bem atendida, por funcionários valorizados, trabalhando em condições dignas e adequadas", arrematou.

Francisco de Assis ‘Chicão’, funcionário do BB e diretor do Sindicato, afirmou que a solução para os problemas do atendimento no Banco do Brasil passa necessariamente pela contratação de mais bancários. "De 2002 a 2009, o número de correntistas do BB aumentou 114%, enquanto o quadro funcional cresceu apenas 9%; além disso, o banco vem incorporando novos serviços e produtos, como financiamento de imóveis, consórcios, ações, aumento de 500% do número de cartões de crédito", argumentou.

Segundo Chicão, os números confirmam a defasagem do quadro funcional do BB. "Hoje, nem nos bancos privados ocorrem fatos dessa natureza. O Itaú, por exemplo, tem 1.100 agências menos que o BB, a metade do número de correntistas e 14.000 funcionários a mais do que o Banco do Brasil. Portanto, os funcionários não devem se submeter a situações de abuso, nem assumirem a responsabilidade pela deficiência estrutural do banco, cuja solução compete à direção da instituição e não aos bancários", concluiu.

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