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Nesta segunda-feira, 27 de fevereiro, os bancários do HSBC em João Pessoa – PB retardaram a abertura do expediente ao público, das 8h até o meio dia, em protesto contra o desconto no pagamento da Participação nos Lucros e Resultados e as metas abusivas que estão levando a categoria ao adoecimento. O movimento é de âmbito nacional e coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf – CUT).
E foi mais além, denunciando a farsa em que as metas, que são a base da avaliação dos bancários no PPR/PSV, são definidas pela direção do banco de forma arbitrária, sem considerar as condições de trabalho de cada unidade ou a realidade financeira de sua clientela, fornando-se um desafio inatingível para os bancários. "Com a compensação na PLR, o prêmio por esse desafio desaparece, tornando o programa uma farsa e motivo de frustração para os bancários", concluiu Marcos.
Negociação – O banco foge da negociação coletiva com a Contraf – CUT e os sindicatos e prefere escolher uma Comissão Interna de Funcionários, onde pode impor seu programa sem contestações. Como resultado, o programa vem piorando a cada ano. Quando foi criado, não havia o desconto dos valores recebidos na PLR. Além disso, não havia metas individuais, apenas coletivas, diminuindo o clima de competição entre os bancários. Essa situação precisa mudar. O movimento sindical cobra a abertura de negociações para a definição de regras transparentes e mais justas para o programa.
Adoecimento – Os bancários também denunciaram à sociedade a pressão e a sobrecarga de trabalho que estão acabando com a saúde dos bancários do HSBC. O número de funcionários afastados por motivo de saúde é cada vez maior, demonstrando a necessidade de mudança nas práticas do banco. O maior vilão são as metas individuais. O sistema aumenta a competição interna a níveis absurdos, criando um clima péssimo entre colegas, e abre espaço para ocorrência de casos de assédio moral. Junto com a falta de funcionários, é a receita para as doenças psíquicas, como depressão e Síndrome do Pânico, cada vez mais comuns entre os bancários.
Para o secretário geral do Sindicato, Marcelo Alves, também funcionário do HSBC, essa mesquinhez é um absurdo cometido contra quem produz, à custa de muitos sacrifícios e condições adversas, os bons resultados para o banco, uma vez que outras instituições financeiras possuem programas próprios e garantem o pagamento das duas remunerações. “Dentre essas instituições, o HSBC é o que paga a menor remuneração; e ainda tem o desplante de descontar a PPR/PSV da Participação nos Lucros e Resultados”, desabafa.
Fonte: SEEB-PB / Otávio Ivson