A Contraf-CUT, as entidades sindicais e a Afubesp retomam nesta terça-feira, dia 8 em São Paulo, as negociações com o Grupo Santander Brasil para a renovação com avanços do Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho 2009/2010 e do Acordo do Programa de Participação nos Resultados (PPR) do exercício de 2009. O horário da rodada será definido pelo banco nesta segunda-feira.
A última reunião ocorreu no dia 18 de novembro, quando o Santander se mostrou favorável à manutenção da maioria das cláusulas do aditivo vigente, prorrogado até o dia 31 de dezembro. Ficaram pendentes os incentivos à aposentadoria, como "pijama" e abono indenizatório, que precisam ser renovados, diante do processo de fusão ainda em curso, como forma de evitar demissões.
"Se o Santander tem dinheiro para pagar R$ 128 milhões nos primeiros nove meses deste ano para um punhado de executivos, como mostrou reportagem do jornal Valor Econômico na quarta-feira, nada justifica a postura do banco de não querer manter incentivos para a aposentadoria", afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. "Queremos também garantia de emprego e a retomada do centro de realocação para remanejar os funcionários atingidos pela sobreposição de departamentos e agências", destaca.
"Os trabalhadores reivindicam a renovação do aditivo com avanços sociais e novas conquistas", ressalta a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa. "Queremos incluir no acordo os benefícios que estão na cartilha distribuída aos funcionários, como o auxílio-academia e a ajuda social extraordinária, para que virem conquistas dos trabalhadores, evitando-se que algum gestor do banco amanhã ou depois acabe unilateralmente com essas importantes vantagens sociais", explica.
"Também buscamos trazer para o aditivo as conquistas dos bancários da Espanha, como o direito a cinco ausências abonadas por ano e a bolsa de férias, pois não somos trabalhadores de segunda categoria", defende Rita. Outra demanda importante é a manutenção do patrocínio dos planos de previdência complementar (Banesprev, Holandaprevi e Bandeprev) e da Cabesp.
Em relação ao acordo do PPR, os trabalhadores cobram avanços. "Reivindicamos o pagamento do PPR, assim como a PLR, com base no balanço que apresenta o maior lucro líquido e que seja montado em critérios justos e de forma linear para os funcionários", salienta Ademir.
"Buscamos ainda o pagamento do prêmio de dois salários para todos os funcionários do Santander que já completaram 25 anos de banco. Essa bonificação vigente no Real, estendida aos trabalhadores do Santander a partir de janeiro deste ano, não pode discriminar quem já tinha feito esse tempo de casa. É uma questão de reconhecimento e valorização para quem há tempo contribui igualmente para o crescimento do banco", enfatiza Ademir.
Reunião das COEs
Antes da negociação, a Contraf-CUT realiza reunião das Comissões de Organização dos Empregados (COE) do Santander e Real para preparar os debates com o banco. O encontro inicia às 9h, na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Fonte: Contraf-CUT