Ele conta que os homens foram se posicionando em pontos estratégicos para proteger a ação dos que explodiriam os caixas do Banco do Brasil. Um deles se colocou, fuzil na mão, na esquina da praça. Um carro ficou na esquina da rua de trás, onde se localiza o posto policial.
O vigia do posto de gasolina que fica em frente à praça recebeu ordem para deixar o local. Os moradores que foram para janelas e sacadas conferir a movimentação também foram ameaçados. Alguns chegaram a filmar parte da ação.
– Quando as pessoas começaram a ir para as sacadas dos apartamentos, eles apontavam os fuzis com lanternas e mandavam entrar – conta o mecânico.
Em seguida vieram as três explosões de dinamite – no Banco do Brasil e no Bradesco, localizado cerca de 100 metros adiante. Foi nessa hora que a maior parte dos moradores da região percebeu a operação criminosa.
– Eu acordei sem saber se aquilo era um trovão ou a explosão de um botijão de gás. A parede chegou a tremer. Fui até a janela, mas daqui não dava para ver nada. Só o pessoal do cachorro-quente recolhendo tudo – lembra um morador, que reside no mesmo local em que tem uma loja, ao lado do Banco do Brasil.
A banca de cachorro-quente a que ele se refere é mantida por um vizinho.
Fonte: Jornal de Santa Catarina – Blumenau/SC