O primeiro, também armado de fuzil, rendeu um dos seguranças do banco e o obrigou a colocar em um malote médio todo o dinheiro que estava nas gavetas dos caixas. O outro armado de pistola rendeu funcionários e clientes dentro da agência e supervisionou toda a ação do comparsa.
Depois do assalto, os bandidos fugiram em pelo menos três carros, uma Hilux, um Meriva e outro que a Polícia suspeita ser uma D-20 roubada. Na fuga eles levaram duas pessoas como reféns, que seriam homens que trabalham fazendo frete para localidades próximas da cidade. Momentos depois as vítimas foram liberadas.
No distrito de Delgado, os bandidos incendiaram dois carros, a Hilux e o Meriva, e ainda tiraram as placas dos veículos. Parte do grupo fugiu em direção a cidade de Cocal, no Piauí. Os outros seguiram no sentido do município de Granja. A Polícia disse que eles não saíram do Estado.
Sotaque
Um dos seguranças disse em depoimento à delegada que o sotaque dos dois bandidos era "bem nordestino", uma fala parecida com a dos pernambucanos ou cearenses da Região do Cariri. "Ele relatou que os homens são altos, brancos e um até tem olhos claro", informa Naiana.
A delegada ressaltou que, de acordo com os depoimentos, os bandidos estavam calmos durante a ação. Não apresentaram nervosismo e não foram violentos com os reféns. "Atiraram para amedrontar as pessoas e intimidar a Polícia".
Na troca de tiros, o comandante do Ronda da cidade, sargento Antônio Carlos Nunes Pierre, 42, foi atingido com um tiro de fuzil na perna. Ele foi transferido para o Instituto Dr. José Frota, onde passou por cirurgia e pode perder a perna.
A delegada informou que, segundo um funcionário, antes do assalto um carro forte teria abastecido o cofre do banco. Até o fechamento desta edição, policiais civis e militares de Viçosa e Tianguá realizavam diligências nas saídas do Ceará.
Fonte: O Povo Online