Segundo a polícia, os criminosos escavaram até o chão do cofre, mas não chegaram a romper a base de concreto. O primeiro túnel foi iniciado em uma casa localizada próxima ao banco e segue até uma galeria de águas pluviais, que era usada como atalho.
Próximo ao banco, os criminosos cavaram outro túnel até a base do cofre. Juntos, os dois túneis e a galeria percorrem uma distância de aproximadamente 400 metros.
Em todo o trecho, a largura dos túneis e da galeria não passa de 70 centímetros. Segundo a polícia, os escavadores se deslocavam deitados sobre skates.
A PM afirma que começou a procurar pelos túneis há 15 dias, após funcionários da agência afirmarem terem ouvido sons vindos do chão.
O serviço de inteligência foi acionado e policiais realizaram buscas nas galerias pluviais da região para localizar os corredores, o que só aconteceu na noite de terça.
SUJO DE LAMA
Um homem sujo de lama foi preso próximo a um bueiro da rede de esgoto na madrugada de ontem, por suspeita de participar do crime.
Segundo a polícia, ele disse que era fugitivo de um hospital psiquiátrico da região. Mais tarde, policiais concluíram que o homem não tinha envolvimento na ação. Até a noite de ontem, ninguém mais foi preso.
Os integrantes da quadrilha conseguiram fugir, segundo a PM, que faz buscas na região. A Polícia Federal participa das investigações. Segundo a PM, até 15 pessoas podem ter ajudado nas escavações e planejado a ação. O cofre da agência também funciona como depósito do Banco Central.
Dentro da casa usada pela quadrilha, foi encontrada uma grande quantidade de terra. A PM recolheu no local seis carrinhos para transporte, equipamentos de escavação, quatro fuzis de fabricação israelense, quatro pistolas, 300 cartuchos e dois rádios de comunicação sintonizados na frequência da PM.
Segundo a PM, a casa possuía paredes com isolamento acústico. Não foi divulgado se o imóvel era alugado e por quanto tempo foi ocupado pela quadrilha.
Fonte: Folha de São Paulo / JEAN-PHILIP STRUCK