A direção do Sindicato dos bancários de Sergipe (Seeb/SE) reuniu-se com a diretoria do Banese, na última segunda-feira (6), para tratar da minuta específica dos baneseanos, dos reajustes das comissões e das terceirizações que estão ocorrendo no banco. O presidente Saumíneo Nascimento não participou. Os sindicalistas foram recebidos pelos diretores Rodrigo Corumba, de Administração, e Edson Caetano, de Crédito.

Na reunião do dia 9 de março, a direção do Sindicato de Sergipe solicitou que a diretoria revisse os reajustes das comissões, adotados pela Resolução do presidente anterior, por entender que ela não contemplou a todos os funcionários.

A atual direção comprometeu-se a fazer um estudo para ampliar os reajustes aos caixas e aos compensadores, que não receberam nada, mas na reunião da última segunda-feira desconversou. "O impacto inicial apresentado pelo reajuste foi alto para o Sergus, e o atuário vai mostrar o impacto real do reajuste. Se possível, os caixas também serão contemplados", disse Rodrigo Corumba.

Para Ivânia Pereira, diretora do Sindicato, infelizmente, alguns gestores do Banese têm uma visão distorcida em relação aos caixas. "Eles são tratados de forma discriminatória. É necessário mudar essa visão, daí a nossa reivindicação de um novo Plano de Cargos e Salários", diz.

Segundo a direção do Banese, os reajustes das comissões causaram um impacto de 4% na folha do banco, que corresponde a aproximadamente R$ 160 mil. "Caso o banco desse o índice mínimo a todos os caixas, de 21%, o impacto seria de apenas cerca de R$ 16 mil. Ou seja, contemplaria mais pessoas com menos impacto", avalia Edson Moreira, diretor do Sindicato e funcionário do Banese.

"Nas nossas visitas às agências, constatamos que os reajustes das comissões foram ruins para a maioria dos funcionários. A retirada da ajuda de custo também é uma grande insatisfação. A idéia dos baneseanos do interior é que o reajuste cobriu alguns santos e descobriu outros. Se a direção anterior queria agradar os gestores da direção geral, não precisaria desagradar os do interior", comenta José Souza, presidente do Sindicato dos bancários de Sergipe.

Reajustes das comissões do Banese

Veja como aconteceram os reajustes: todas as funções gratificadas foram reajustadas, com exceção do caixa-executivo e do compensador; o maior índice foi de 103% e o menor, 21%; Por outro lado, o pagamento da ajuda de custo para os comissionados que trabalham no interior será suspenso; Foi cancelado também o pagamento de parte das comissões de seguro, e o auxílio-moradia passará a ser pago apenas para membros da direção e os gerentes gerais.

As medidas teriam um prazo de carência de três meses, mas, pelo visto, não serão revistas. "Se for possível, se for viável, a gente vai fazer. Mas sem a obrigação. Como o objetivo não foi aumentar salários, foi alinhar as comissões, não há nenhum compromisso de fazer o reajuste, porque da forma que foi feita foi adequada. O investimento foi para rever as distorções", afirma Rodrigo.

A direção do Sindicato discorda dessa posição, bem como a continuidade do processo de terceirização dos postos, e defende que o reajuste seja estendido a todas as comissões. "O positivo é que houve disposição de discutir a pauta inteira da minuta específica. A diretoria informou, ainda, que está estudando a ampliação da licença-maternidade para seis meses. Como se vê, os avanços ainda são tímidos, mas são frutos da luta do sindicato e dos baneseanos", diz Souza.

O debate continua. A diretoria prometeu responder os outros pontos da pauta na próxima reunião, marcada para o dia 6 de maio, às 15 horas.

Fonte: Edivânia Freire – Seeb/SE