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grevegreve.jpg(João Pessoa) Nesta quinta-feira, 10 de setembro, os bancários vão retardar a abertura do expediente bancário em uma hora nas agências dos bancos públicos que atuam na capital paraibana, em protesto contra a postura dos banqueiros na mesa de negociação. Após três rodadas de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, os representantes dos bancos não apresentaram sequer uma contraproposta às reivindicações da categoria, cuja pauta foi entregue no dia 10 de agosto.

Insatisfeita com o descaso dos representantes dos bancos, a categoria profissional – que tem data-base no dia 1° de setembro – está disposta a cruzar os braços e deflagrar uma greve por tempo indeterminado, caso os banqueiros insistam em não atender às suas reivindicações. Além do reajuste de 10%, participação nos lucros e resultados e melhores condições de trabalho, os bancários também exigem o fim das filas, juros baixos, tarifas justas e segurança para todos.

As direções dos bancos públicos e privados não querem reconhecer os erros do sistema financeiro, nem apresentam propostas para mudar a relação dos bancos com a sociedade, valorizar os bancários, melhorar o atendimento aos clientes e à população e colocar em prática o discurso de responsabilidade social, veiculado diariamente pela mídia, nas suas milionárias campanhas publicitárias. 

Para Marcos Henriques, presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, a sociedade não pode permitir que os bancos lucrem tanto e ofereçam um atendimento tão precário. "Enquanto as 21 maiores instituições financeiras do país lucraram R$ 14,3 bilhões no primeiro semestre deste ano, os bancos desligaram 15.459 bancários e contrataram apenas 13.235; isto significa que o setor mais lucrativo da economia, mesmo sem ser afetado pela crise mundial, se deu ao luxo de diminuir 2.244 postos de trabalho no mesmo período. E isso é inadmissível!", ressaltou.

Os números são incontestáveis e mostram que os banqueiros podem conceder o reajuste de 10%, valorizar o piso salarial e distribuir uma melhor participação nos lucros e resultados. "E, também, preservar os empregos, ampliar as contratações, acabar com a terceirização e aplicar a Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe demissões imotivadas", complementa Marcos.

Durante a paralisação, com retardamento da abertura do expediente ao público, bancários e sindicalistas estarão distribuindo o Jornal do Cliente, onde constam informações sobre os lucros dos bancos e como o público deve denunciar os abusos praticados pelas instituições financeiras.

"A mobilização está aumentando e o descontentamento dos bancários com os bancos pode levar a categoria à deflagração de GREVE POR TEMPO INDETERMINADO, caso os banqueiros continuem brincando de negociação", concluiu Marcos Henriques.

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