Funcionários terão de lutar para ter seus interesses preservados. – São Paulo – O Banco do Brasil anunciou nesta quinta-feira, dia 5, que iniciou um processo de negociação com o governo do Espírito Santo para a compra do Banestes, o banco público do estado. Após a compra da Nossa Caixa e de metade do banco Votorantim, a aquisição do Banestes é mais um passo do BB para voltar ao topo do mercado de bancos, liderança perdida no final do ano passado com a fusão entre Itaú e Unibanco.

Para o diretor do Sindicato e funcionário do BB, Ernesto Izumi, comprar o Banestes apenas para o BB voltar a ser o primeiro do mercado não é argumento para um banco público. "A sociedade quer instituições financeiras públicas com saúde para fomentar o desenvolvimento e o banco estadual pode cumprir esse papel no Espírito Santo, assim como a Nossa Caixa poderia fazer isso em São Paulo. É o que diz o balanço do Banestes e ainda não vimos nada que justifique a intenção de venda", comenta.

E os empregos?
– Segundo o BB, "a operação deverá preservar adequadamente os interesses do público relacionado das companhias envolvidas, incluindo empregados, correntistas, acionistas e outros parceiros".

Ernesto Izumi diz que é preciso lutar muito para preservar os direitos dos bancários porque, com a aquisição de mais um banco estadual pelo BB, certamente haverá redução de empregos. "O Banestes tem apenas uma agência em São Paulo, mas no Espírito Santo sua rede bancária é uma das mais importantes do estado. Os bancários de lá e daqui vão ter de brigar, ao lado dos sindicatos, pois o ideal é conquistar um acordo formal pela manutenção dos empregos, como ocorreu com a Nossa Caixa", diz.

O Banestes tem ativos que somam R$ 9,2 bilhões, segundo dados de setembro de 2008. Com a aquisição, o BB se aproxima ainda mais do Itaú e Unibanco, que assumiram a liderança de mercado após a fusão.

Fonte: Seeb-SP – Fábio Jammal Makhou

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