"Se tivéssemos mais de 50% das ações ordinárias da Brasilcap, ela viraria empresa pública e ela precisa ter agilidade para competir", disse o vice-presidente de Negócios de Varejo do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli.
SEM OFERTA DE AÇÕES
Os valores envolvidos na reestruturação da Brasilcap, porém, ainda estão em negociação, segundo o executivo. Também são sócios da empresa a SulAmérica e a Aliança da Bahia, que devem deixar o bloco de controle. Caffarelli previu um período de até 60 dias para concretizar o negócio, mas disse que só faltam "procedimentos". De acordo com ele, a operação "não envolve oferta pública de ações".
Em relação às negociações em andamento com o Mapfre e a SulAmérica para outras empresas da área de seguridade do grupo, o Banco do Brasil também buscará modelos parecidos e o mesmo porcentual no capital social. "Entendemos que a participação do banco deve seguir para 75%", disse Caffarelli.
Em outubro do ano passado, o Banco do Brasil aumentou sua participação na empresa de previdência privada BrasilPrev de 49,99% para 74,995% do capital social. O Principal Group, por sua vez, ficou com o controle acionário da empresa, também ao deter a maior parte das ações ordinárias.
Também no ano passado, o grupo Mapfre foi escolhido como o sócio para os seguros de vida, rural, ramos elementares e veículos, mas as negociações continuam em andamento. Na Brasil Saúde, é sócio da SulAmérica e ambos já assumiram que estão negociando o aumento da participação do Banco do Brasil.
AMPLIAÇÃO DO MERCADO
A presidente da Icatu, Kati Almeida Braga, afirmou que o que muda na Brasilcap em relação à estratégia com o novo desenho societário "é só começar a explorar (o mercado) fora do banco, que antes não explorava".
O diretor de seguridade do Banco do Brasil, Marco Antonio Barros, também ressaltou que a Brasilcap deve ampliar a distribuição dos seus produtos com o negócio, já que o Icatu dispõe de canais independentes de corretagem.
Fonte: O Estado de São Paulo / Adriana Chiarini