
Os bancários realizaram um ato público no condomínio do Banco do Brasil, na Praça 1817, centro de João Pessoa, nesta quarta-feira, 20 de fevereiro, no Dia Nacional de Luta em defesa da jornada legal dos bancários, pela manutenção dos direitos no plano de funções e contra os abusos causados pela direção do banco público.
Após o ato, na Agência Praça 1817, os bancários seguiram em visita às demais unidades do BB na região metropolitana da capital, portando cartazes e vestidos com camisas estilizadas, satirizando a propaganda da instituição financeira – Banco do Brasil BOM PRA TOLOS. Ruim pra clientes. Pior pra funcionários. Além dos discursos, os manifestantes também distribuíram panfletos explicitando os motivos de tanta revolta com as medidas da direção da instituição financeira pública.
A atividade, orientada pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB) e Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), foi conduzida pela diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba. “Não podemos nos calar diante dos desmandos que vêm ocorrendo no Banco do Brasil, onde direitos são retirados dos bancários que, além das perdas, enfrentam diariamente a fúria de clientes e usuários insatisfeitos com o atendimento precarizado pela falta de funcionários”, ressaltou Marcos Henques, presidente do SEEB – PB.
Francisco de Assis (Chicão), diretor do Sindicato e funcionário do BB, chamou a atenção para a redução de direitos dos trabalhadores. “Com as alterações no plano de funções, impostas de forma unilateral, a direção do Banco quis mesmo foi barrar a cobrança do passivo trabalhista, relativo às 7ª e 8ª horas trabalhadas, que vêm obtendo ganho de causa nos tribunais. Mas nós não vamos aceitar essas manobras espúrias, em prejuízo das nossas conquista ao longo de anos de luta; até porque toda mudança na estrutura funcional traz consequências negativas para o atendimento”, arrematou.


Chicão também lembrou que a postura da direção do Banco do Brasil nos últimos anos é de desrespeito a funcionários, clientes e usuários, devido a uma conduta puramente mercantilista, que relega ao segundo plano a função social que deveria ter. “O Banco do Brasil é uma instituição financeira pública, que tem de cumprir o seu papel prioritário de fomentadora do desenvolvimento nacional. Afinal, o lucro maior de um banco público não deve ser o financeiro; mas, sim, o lucro social de bem atender à população”, concluiu.
Fonte: SEEB – PB