O Banco do Brasil concordou com a reivindicação dos trabalhadores e aprovou a licença-maternidade de 180 dias para as bancárias. A notícia foi dada em nova rodada de negociação entre a Contraf/CUT e o banco, realizada nesta sexta-feira, dia 27. Além disso, o encontro tratou da definição do cronograma de instalação e funcionamento das mesas temáticas.

"Trata-se de um fato positivo, que atende uma reivindicação que constava da minuta da categoria", lembra Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos funcionários do Banco do Brasil, da Contraf/CUT. "O BB dá um passo importante na valorização de suas funcionárias", diz. A validade do novo direito é retroativa ao dia 8 de dezembro. Assim, as mulheres que deram a luz a partir dessa data podem reivindicar o benefício.

Mesas temáticas

Foi definido o dia 6 de abril para o início dos trabalhos de três mesas temáticas, tratando dos seguintes temas:

Remuneração – envolvendo debate sobre Plano de Carreira, Cargos e Salários, lateralidade, carreira de mérito e outros.

Saúde e condições de trabalho – debatendo exame periódico de saúde, qualidade de vida no trabalho, programa de controle médico e saúde ocupacional etc.

Fusões e incorporações – que tratará dos temas específicos de cada incorporação ou fusão feita pelo banco. Essa mesa tem um caráter diferenciado e se subdividirá para tratar de cada processo de fusão de forma individual.

As mesas devem iniciar seus debates em abril e apresentar seus relatórios concluídos na primeira quinzena de maio. A exceção é a mesa sobre Fusões, cujo andamento se dará de acordo com as demandas de cada processo.

Conciliação – As Comissões de Conciliação Prévia (CCPs) também foram tema da negociação. Os representantes dos bancários questionaram o banco sobre as alterações irregulares feitas pela empresa no texto do anexo da quitação. Os bancários reivindicam que o texto permaneça de acordo com o que consta no contrato firmado entre banco e entidades sindicais para a instalação das CCPs. Os trabalhadores reivindicaram também que seja feita uma avaliação das conciliações que aconteceram até agora para ver quais as questões mais recorrentes e tentar solucionar os problemas, em especial os casos de desvio de função e hora-extra devida.

"Estamos orientando os sindicatos a não realizar conciliações se o banco continuar alterando o texto da quitação e incluindo reflexos que não estão previstos no anexo inicial", afirma Marcel.

Também foi discutida a situação da participação do BB no Banco Votorantim, que está provocando o fechamento de setores no BB. Os trabalhadores reivindicaram a imediata abertura de negociações para tratar do tema.

Fonte: Contraf/CUT