O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal firmaram um contrato de Parceria Público Privada (PPP), o primeiro na modalidade administrativa no âmbito do governo federal, com os parceiros da iniciativa privada BVA, Termoeste e GCE para a construção de um datacenter em Brasília.

O contrato no montante de R$ 880 milhões (inclui edificação e serviços de operacionalização) vigorará por 15 anos, terá os valores corrigidos pelo IGP-DI e prevê a construção de uma estrutura de tecnologia da informação para fins de duplicidade.

O objetivo, segundo os dirigentes dos dois bancos, é que sejam seguidas as regras prudenciais que estabelecem continuidade das operações bancárias em situações não previstas, a exemplo de blackouts de energia elétrica.

A Caixa Econômica e o Banco do Brasil possuem sistemas de duplicidade que asseguram a permanência das operações em situações de risco. A diferença, a partir da contratação dessa PPP, é que será construído um datacenter de maior porte e com tecnologia atualizada para sustentar a expansão das atividades dos dois bancos federais.

Dos R$ 880 milhões, R$ 660 milhões serão alocados pelo BB, com o restante de contrapartida da Caixa. A proposta é de compartilhamento da estrutura predial e dos serviços prestados no datacenter, sem que haja compartilhamento da tecnologia específica de cada um dos bancos na realização das operações bancárias.

O prédio será erguido em uma área de 24 mil metros quadrados em uma espécie de distrito industrial em Brasília destinado especificamente para empresas da tecnologia da informação. As obras começam neste ano, com previsão de término em 2012.

Além do compartilhamento da estrutura física, a colocação abrange o consumo de energia elétrica, condicionamento de ar, cabeamento estruturado e serviços relativos a condomínio, como manutenção, limpeza, vigilância e portaria, além do uso da estrutura física. Após os 15 anos do contrato, o datacenter pertencerá integralmente ao BB e à Caixa.

Os parceiro privados BVA, Termoeste e GCE foram contratados por licitação e passam a constituir uma sociedade de propósito específico para integrarem a PPP.

Fonte: Valor Econômico /  Luciana Otoni, de Brasília

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