O BB já atuava nesse segmento por meio de 1,3 milhão de contas universitárias, além de financiamento para material escolar e de um cartão de crédito específico.
Como agente operador da linha, o BB pode receber uma remuneração de até 2% do saldo da transação. Como o banco funciona apenas como um repassador, os riscos da operação ficam com o administrador dos recursos, o Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Desde 1999, a linha era exclusividade da Caixa Econômica Federal, que também administrava os recursos. Nesse período, atendeu mais de 500 mil estudantes universitários totalizando quase R$ 5,5 bilhões em empréstimos. Agora, os recursos do FIES serão administrados pelo FNDE e a Caixa passa a ser apenas repassadora, como o BB.
A mudança foi mais ampla e incluiu ainda a redução do juro anual de 6,5% para 3,5% e descontos mensais de 1% para professores da educação básica e médicos que atuarem no Programa Saúde da Família (PSF). Mas a abertura para outros bancos, até agora, só foi seguida pelo Banco do Brasil.
Segundo Nazaré, os financiamentos chegam a até 100% do curso, num prazo que pode atingir três vezes o tempo total do curso, com carência de até 18 meses. O limite máximo subiu de 132 meses, num curso típico de 48 meses, para 222 meses. O estudante precisa ainda apresentar um fiador, que terá de passar por análise de crédito.
Fonte: Valor Econômic / Fernando Travaglini, de São Paulo