A nova gestão do Banco do Brasil mal começou e já demonstra que manterá as piores práticas da gestão anterior. Só de segunda 4 a sexta 8, por orientação da Superintendência de Pessoa Jurídica, cinco gerentes de relacionamento de agências Empresa foram descomissionados, sob alegação de “problemas de desempenho”. Além disso, eles foram tratados de forma desrespeitosa durante o processo, o que torna o caso ainda mais repreensível.

O banco informou aos funcionários que eles perderiam a função comissionada por conta do desempenho, mas não deu mais explicações além disso. Os trabalhadores foram orientados a procurar o setor de Gestão de Pessoas (GEPES) e alegam terem sido tratados de forma desrespeitosa, sendo inclusive proibidos de acessar seus computadores.

“Os descomissionamentos acontecem mais uma vez de forma arbitrária, a ferramenta de gestão de desempenho vem sendo usada como forma de punição e não de aprimoramento e cobraremos explicações do banco quanto a isso”, adianta a funcionária do BB e dirigente sindical Ana Beatriz Garbelini.

Ela diz ainda que o Sindicato exige por parte da GEPES um tratamento mais humano e profissional para com funcionários que estejam passando por momentos difíceis, como na perda de função comissionada, por exemplo.

“A Gestão de Pessoas tem tratado com descaso qualquer demanda de funcionários que chegam lá, não importante qual seja o motivo. Na hora do descomissionamento, por exemplo, eles usam expressões como ‘vida que segue’ ou ‘não tem o que fazer’, sem pensar em como o bancário está se sentindo, e em como isso afetará sua vida”, explica a dirigente.

Os descomissionamentos teriam sido autorizados pela Superintendência PJ, que tem pressionado os gerentes gerais nesse sentido. O pior: eles dizem que este é só o começo.

“Funcionários que tiveram suas metas realizadas, cumpriram as pontuações e os itens que foram negociados, foram descomissionados por desempenho. De que desempenho estamos falando? O do superintendente, que promoveu as perdas de função, promoveu assédio institucional”, criticou o funcionário do BB e diretor executivo do Sindicato, João Fukunaga.