Em 2016, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido do BB foi de 9,5% no ano período e o banco teve alteração mínima em seus ativos, mantendo um montante de R$ 1,401 trilhão em ativos, sendo, agora, superado apenas pelo Banco Itaú (que tem R$ 1,436 em ativos).  A inadimplência em dezembro de 2016 foi de 3,29% alta de 1,06 ponto percentual em doze meses. O lucro líquido do Banco do Brasil foi de R$ 8,034 bilhões.

Embora a o lucro líquido tenha tido queda de 44,2%, como foi alardeado pela grande imprensa, o fato é o que o BB enfrentou bem a fortíssima recessão de 2016, não havendo justificativas para ajustes como os anunciados no final do ano passado, com fechamento de agências e extinção drástica de postos de trabalho.

Segundo análise feita pelo Dieese, o expressivo fechamento de postos de trabalho no BB em 2016 se deve à adesão de mais de 9,4 mil trabalhadores ao Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI), anunciado em novembro. Foram extintos 8.569 postos de trabalho em doze meses e, com isso, o banco registrou um total de 100.622 trabalhadores em dezembro de 2016.O plano de reorganização institucional  está sendo implementado e prevê o fechamento de 402 agências, com outras 379 passando a ser postos de atendimento.

“Os números do balanço do BB não justificam a reestruturação que vem sendo imposta pelo governo.  O banco reagiu bastante dentro da média dos outros bancos frente ao duro ano de 2016. Mas aponta, sem sombra de dúvidas  que há um projeto em curso para reduzir o tamanho da instituição. O que está em pauta com medidas como a reestruturação brutal, que reduziu agências, cargos e salários não é melhorar o atendimento, melhorar o papel público do banco ou melhorar resultados.  Busca diminuir o espaço do BB no mercado, enfraquecê-lo, para que bancos privados ocupem este espaço e haja argumentos para reduzir sua importância e privatizá-lo” afirma Roberto von der Osten presidente da Contraf- CUT

TarifasX Despesas de pessoal

As receitas com serviços e tarifas totalizaram R$ 24,0 bilhões com alta de 7,3%, enquanto as despesas com pessoal somaram R$ 22,9 bilhões, o que representou alta de 10,2%. Com isso, o índice de cobertura de 104,9% em dezembro de 2016.

Veja aqui a análise do balanço do BB feita pelo Dieese

Fonte: Contraf-CUT