O Banco do Brasil está preparando uma ofensiva de internacionalização que passará pela entrada no varejo bancário nos Estados Unidos e em vários países da América Latina. "Vamos fazer um movimento mais forte de aquisição em alguns países", disse o presidente-executivo do BB, Aldemir Bendine, em entrevista à Reuters no início da noite de quinta-feira, dia 26.

Nos EUA, onde o banco aguarda aprovação do Federal Reserve (o banco central norte-americano) para iniciar suas operações, a entrada pode ser pela implementação de uma estrutura própria ou pela compra de subsidiária naquele país de algum banco europeu, explicou o executivo.

Já na América Latina, o foco são as maiores economias da região além do Brasil, notadamente Argentina e Chile, mas pode se estender também para Peru e Colômbia, revelou.

Bendine adiantou também que o BB passará a negociar "American Depositary Receipts" [ADRs, papéis de empresas brasileiras negociados no exterior como se fossem ações] de nível 1 no mercado acionário norte-americano a partir de 2 de dezembro.

O executivo disse ainda que o banco está discutindo com o governo federal, seu controlador, alternativas para elevar a capitalização do BB para níveis mais confortáveis, o que deve incluir emissão primária de ações e de dívida subordinada. O objetivo é ter alguma folga para suportar o forte ritmo de crescimento da carteira de crédito da instituição.

No Brasil, enquanto costura os detalhes finais para concluir a reestruturação no setor de seguros, o BB já começa a fazer planos de aquisições em outras áreas financeiras.

"Temos espaço para avançar em corretoras (de valores) e em asset management", afirmou Bendine.

Fonte: Aluísio Alves e Elzio Barreto – Reuters

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