A direção do Banco do Brasil não se manifestou sobre a proposta do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região, apresentada em 25 de novembro, para os funcionários que estavam lotados no Centro de Suporte Operacional (CSO), que teve suas atividades encerradas em 31 de dezembro e transferidas para Curitiba.
Dos 58 bancários que optaram em permanecer em Porto Alegre, 11 foram nomeados na rede de agências. Os demais estão recebendo a comissão de assistente em VCP (Verba de Caráter Pessoal), pelo período de quatro meses. A Super RS se comprometeu em priorizar as nomeações destes colegas até que o último seja nomeado.
"A direção do BB tem que se responsabilizar em nomear imediatamente a totalidade dos funcionários. Não é possível admitir que o trabalhador pague a conta de um processo de reestruturação que foi feito exclusivamente pela empresa", argumenta o diretor de Formação do SindBancários, Ronaldo Zeni.
No documento enviado à presidência do BB, à Vitec e à Vipes, o Sindicato pede a continuidade do pagamento da comissão de função, igual ao atual, mantendo o grupo do CSO com o prefixo até a transferência para a rede de apoio ou de agências. A direção acenou com uma reunião para o início de dezembro, mas ficou apenas na promessa e silenciou sobre o tema.
A superintendência estadual e a USO se comprometeram, em reunião com o SindBancários, a bloquear as novas nomeações de comissão e priorizar aos bancários provenientes do CSO.
"Alertamos a todos para as consequências que esta decisão traria, infelizmente o banco não recuou em sua lógica e nem fomos ouvidos. Prejudicou os funcionários e seus familares, perdeu o Rio Grande e a operação do Banco do Brasil no nosso Estado. Essa medida foi na contramão do desenvolvimento sustentável que tanto o BB propaga. Vamos continuar acompanhando o acordo feito com a Superintendência Estadual de nomeação de todos os funcionários oriundos do CSO nas novas comissões que vão surgir na rede de agências", acrescenta o diretor de comunicação em exercício do SindBancários, Pedro Loss.
O Sindicato não mediu esforços para evitar o fechamento da unidade na capital. Foram realizadas reuniões com a vice-presidência, superintendências e gestores, cobrando a responsabilidade social do BB. Também obteve apoios da Assembleia, deputados estaduais, federais, senadores gaúchos e até de ministros. Intransigente, a direção não deu retorno e manteve a decisão de extinguir a unidade na capital gaúcha, com prejuízos não apenas aos funcionários, mas ao financiamento e desenvolvimento da economia gaúcha.
Fonte: Imprensa/SindBancários