Em ato público, na manhã desta sexta-feira (18), em frente ao condomínio do Banco do Brasil na Praça 1817, a diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba exigiu a contratação de novos funcionários, utilizando carro de som, faixas e distribuindo o Jornal do Cliente. Na ocasião, denunciou a precariedade do atendimento prestado pelo BB em todas as suas unidades, agravada ainda mais agora com a absorção da folha de pagamentos do Governo do Estado da Paraíba.
Agências superlotadas, clientes insatisfeitos, servidores públicos estaduais revoltados e os funcionários o Banco do Brasil ainda atônitos. Isso tudo em apenas uma semana de sufoco, que começou com a cadastramento dos servidores públicos que não tinham conta no BB e a atualização cadastral dos que já mantinham conta no banco, em um esquema montado no Espaço Cultural.
Um verdadeiro caos, devido a quantidade de pessoas a serem atendidas em um local improvisado, que mesmo sendo amplo não oferecia acomodações confortáveis às pessoas que agurardaram muito tempo em filas quilométricas (literalmente); nem a distribuião de água mineral e suco de frutas acalmava a irritação dos servidores públicos que se submetiam àquela tortura.
Na outra ponta do atendimento, os funcionários do BB se desdobravam em sorrisos de boas vindas e tentavam dar o melhor de si para agradar os mais novos clientes do Banco. Uns até começaram a jornada com grandes expectativas, pois era uma oportunidade de faturar algumas horas extras. Mas, só algumas. Até porque a legislação não permite a extrapolação da jornada diária em mais de duas horas extraordinárias. Só que teve funcionário que entrou pela manhã e só saiu à noite.
O Sindicato está apurando as denúncias e percorrendo as unidades do Banco, com vistas a levantar mais dados e se posicionar melhor perante a administração do BB na mesa redonda que foi solicitada ao Ministério Público do Trabalho e que vai acontecer na próxima semana. Afinal, o BB na Paraíba acaba de absorver 100 mil novas contas de servidores, mas as contas do governo do Estado e os serviços agregados e prevê a contratação de apenas mais 62 novos funcionários.
E agora Como vão ficar os funcionários do Banco do Brasil com mais essa sobrecarga de serviços, se já trabalham no limite de sua capacidade, em condições inadequadas e sob pressão, justamente por falta de pessoal? O Sindicato quer respostas e ações objetivas para essas questões.
Sufoco anunciado – Desde o anúncio da venda da folha do Estado ao Banco do Brasil, a diretoria do Sindicato dos Bancários sempre esteve solidária com os servidores públicos estaduais, ponderando o seu atendimento e a exploração dos bancários.
Recentemente, o assunto foi levado ao conhecimento do novo superintendente do BB na Paraíba, quando os sindicalistas disseram que a contratação de 62 novos funcionários não seria suficiente nem para atender as necessidades já existentes, quanto mais para os desafios com a absorção da folha de pagamentos do Estado.
Para Marcos Henriques, presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba isso evidencia o quanto o quadro funcional do Banco do Brasil é insuficiente para suprir as necessidades dos serviços. E essa defasagem, com o crescente aumento do número de contas correntes por funcionário, provoca sobrecarga de trabalho, doenças ocupacionais e muito estresse. "O Sindicato dos Bancários não vai permitir esse absurdo. Afinal, contratar mais funcionários significa melhores condições de trabalho e respeito aos clientes, usuários e a sociedade", concluiu.