São Paulo, 15 de Maio de 2009 – O Banco do Brasil (BB) retomou sua posição de maior instituição financeira em ativos do País e do Hemisfério Sul, perdida após a fusão do Itaú Unibanco, em novembro passado. Ontem, o banco controlado pelo governo federal informou que atingiu ativos totais de R$ 591,92 bilhões em março, alta de 42,9% em um ano e de 13,6% sobre dezembro.
Neste número, contudo, ainda não constam os 50% de participação adquiridos pelo BB do Banco Votorantim (BV) no início deste ano. Com essa fatia, passa a ter ativos de R$ 633,72 bilhões, cerca de R$ 15 bilhões acima dos R$ 618,94 bilhões anunciados pelo Itaú Unibanco no início do mês.
A incorporação dos ativos do BV depende só da autorização do Banco Central (BC) para a operação, diz Marco Geovanne Tobias, gerente de relações com investidores do BB, que obteve lucro líquido de R$ 1,66 bilhão no trimestre, com queda de 29,1% ante igual fase de 2008. Outras aquisições realizadas pelo BB do ano passado para cá (como a do Banco Nossa Caixa, do Banco do Estado de Santa Catarina e do Banco do Piauí) foram decisivas para o retorno à liderança, mas a arrancada no crédito nesse período de crise também foi fundamental.
A carteira de crédito da instituição, incluindo operações externas e prestação de garantias, cresceu 41,3% em doze meses e 7,3% comparativamente a dezembro, encerrando março em R$ 254,4 bilhões. A expansão, ressalta Tobias, ficou bem acima da média do mercado brasileiro, de 1,1% no trimestre e em torno de 25% em um ano.
Outra ajuda para a reviravolta no ranking veio do próprio Itaú Unibanco, que encolheu seus ativos. Em dezembro, o banco controlado pelas famílias Setubal e Salles contabilizava R$ 633,63 bilhões em ativos, uma retração de 2,32% em relação a março deste ano.
Fonte: Gazeta Mercantil / Iolanda Nascimento