O BBVA da Espanha deverá investir mais ? 1,1 bilhão (US$ 1,6 bilhão) para aumentar sua participação estratégica no China Citic Bank e fortificar sua posição de um dos maiores investidores europeus no setor bancário da China continental. O novo investimento contrasta com a cautela de muitos bancos ocidentais, como o UBS e o Royal Bank of Scotland (RBS), que este ano foram forçados a reduzir seus comprometimentos com a China por causa da crise financeira.
Também enfatiza a força relativa dos grupos financeiros espanhóis, que estão prosseguindo com seus planos de expansão global. O BBVA e o Santander, seu maior concorrente doméstico, possuem fortes presenças na América Latina e vêm usando suas reservas de capital crescentes para investir nos Estados Unidos.
Nos primeiros nove meses deste ano, o BBVA gerou 110 pontos-base de capital principal, que ajudaram a elevar seu capital enquanto parcela dos ativos sujeitos a risco – uma medida importante da força financeira – para 8%.
Pessoas familiarizadas com o assunto acreditam que o BBVA vai exercer uma opção, que vence na semana que vem, de aumentar sua participação no China Citic de 10% para 15%. Grupos estrangeiros podem adquirir individualmente até 20% do capital de um banco chinês.
O BBVA tem o direito de adquirir as ações diretamente do Citic, ao preço da operação de abertura de capital do banco de Hong Kong mais 10% ou 6,45 dólares de Hong Kong. O BBVA disse que ainda não tomou uma decisão final sobre o aumento de capital no Citic, que é o sétimo maior banco da China em ativos.
"Continuamos comprometidos com o aprofundamento de nossas relações com o Citic e o classificamos como uma parceria estratégica vital, que está gerando valor para os nossos acionistas", disse Manuel Galatas, diretor-gerente do BBVA na Ásia.
O BBVA foi o primeiro banco espanhol a entrar no mercado asiático com seu investimento no Citic em 2006. Seus investimentos de ? 2,1 bilhões até agora estão entre os maiores já feitos por bancos europeus em um banco chinês.
Embora esteja atrás do Santander em seus planos de expansão global, o BBVA está em vantagem em relação aos concorrentes, em sua estratégia para a Ásia e possui escritórios em nove cidades do país. O BBVA espera financiar o acelerado crescimento comercial da China e a Ásia com a América Latina, onde ele possui uma forte franquia no varejo.
Fonte: Financial Times / Sunny Tucker, de Hong Kong