A Contraf/CUT manteve com o Banco do Brasil nesta quinta-feira 15, em Florianópolis, a segunda reunião da mesa temática sobre o processo de incorporação do Besc. O tema principal foi a migração para o quadro do BB, aberto dia 5 de janeiro. Os dirigentes sindicais denunciaram a quebra do acordo por parte do BB, acertado na primeira reunião, em 22 de dezembro, de que não haveria pressão para que os funcionários do Besc migrassem para o PCS do banco. Diante do impasse, ficou acertada nova reunião no dia 28 de janeiro, desta vez para discutir os problemas no processo de migração.
"O banco está pressionando os bancários do Besc a migrarem, ao contrário do que havia sido acertado", critica Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, órgão da Contraf/CUT. "Identificamos também que há um descompasso entre a mesa temática e o processo de migração, que até por conta da pressão está numa velocidade maior do que as discussões na mesa temática, o que é negativo."
Diante disso, a próxima reunião será uma rodada de negociação, no dia 28, para discutir os problemas no processo de migração. Os principais problemas identificados referem-se aos bancários do Besc que não podem migrar porque não existe função análoga no BB, a situação dos trabalhadores que possuem estabilidade, o ritmo de abertura de vagas nas agências e na rede de apoio em descompasso com fechamento da Direção Geral.
Questionamentos – O BB também não deu respostas às propostas apresentadas pelos dirigentes sindicais na reunião do dia 22 de dezembro, que são:
– Retroatividade do piso para 1º/10/2008 – a reivindicação é que os trabalhadores do Besc que optarem pela migração recebam retroativamente a diferença existente entre seu piso atual e o do Banco do Brasil, que é de cerca de 26%.
– Equiparação dos salários dos cargos comissionados entre os dois bancos – a partir do momento em que aconteça a migração, os bancários reivindicam que o trabalhador tenha direito ao Valor de Referência do BB.
– Levar em conta o tempo de trabalho no Besc – o banco afirmou que os trabalhadores o Besc serão enquadrados no Plano de Carreira do BB na referência E1, desconsiderando o tempo já trabalhado no banco estadual. Os trabalhadores reivindicam que esse tempo de trabalho seja levado em consideração.
A criação da mesa temática foi definida entre o banco e o Comando Nacional dos Bancários durante as negociações da campanha salarial 2008. As negociações são coordenadas pela Contraf/CUT, com assessoria da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB) e representação do Comando dos Funcionários do Besc.
Fonte: Contraf/CUT