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Ao mesmo tempo em que exibe sua marca nas camisas de quase metade dos times da primeira divisão, o banco não poupa esforços para apoiar times menores.
Em Minas Gerais, sede do banco, o BMG domina praticamente todos os espaços nas camisas dos times locais. Os patrocínios se estendem à segunda divisão, onde apenas o Uberlândia não estampa a marca.
O banco está em negociação para aquisição de outros dois bancos, o Morada e o Schahin, que também oferecem crédito consignado.
Em Campina Grande, na Paraíba, o patrocínio aos dois times da cidade -Treze e Campinense- só foi fechado depois que a prefeitura autorizou o banco a fornecer empréstimo consignado e outros produtos aos servidores municipais.
No ano passado, a prefeitura de Vitória (ES) firmou acordo com o BMG liberando a concessão de empréstimo com desconto em folha aos funcionários do município. Desde o início do ano, o Vitória Futebol Clube exibe a marca do BMG no uniforme.
O BMG patrocina até mesmo o modesto Sete de Junho, do município de Tobias Barreto (SE), que disputa a segunda divisão do Estado. O presidente do clube, Ubiratan Alves de Jesus, diz que o apoio foi conseguido pela financeira da cidade.
Levantamento da Folha indica que o banco apoia, pelo menos, 35 clubes. Nove deles disputam a primeira divisão, quase a metade dos 20 clubes que disputarão o campeonato brasileiro.
No ano passado, o BMG gastou R$ 115,1 milhões em ações de marketing e promoções. Esse montante, na maior parte, é destinado ao futebol. Comparado aos R$ 32 milhões gastos em 2009, é um avanço de 257%.
A participação do BMG no futebol não se resume a pagar para exibir sua marca.
O banco também oferece empréstimos facilitados aos clubes e tem participação nos passes de jogadores. Criou ainda um fundo de investimentos que detém passes de vários jogadores.
O BMG é presidido por Ricardo Guimarães, ex-presidente do Atlético-MG e um dos réus no caso do mensalão. Procurado, o BMG não respondeu à reportagem.
Fonte: Folha de São Paulo / Cirilo Junior