Nesta terceira rodada, que havia sido agendada inicialmente para o último dia 10 e cancelada na véspera do feriadão da Independência do Brasil, o banco trouxe pequenos avanços: licença paternidade de oito dias, licença de dois dias para doação de sangue e 300 novas contratações até 31 de dezembro.
"Esses pontos são insuficientes e, por isso, esperamos que o banco traga respostas para as demais reivindicações dos trabalhadores que envolvem temas importantes como saúde, segurança e remuneração", afirma o vice-presidente da Contraf-CUT, Carlos de Souza. "Os bancários continuam em greve com o objetivo de arrancar uma proposta melhor do BNB", destaca.
O banco concordou também com a manutenção das mesas temáticas de saúde e previdência. "É importante que esse espaço de debates seja realmente valorizado pelo banco, pois já existem trabalhos concluídos em anos anteriores que precisam ser implantados", ressalta Carlos.
Além disso, o banco reafirmou o que já havia garantido na rodada anterior de que será signatário da convenção coletiva nacional dos bancários e firmará um acordo aditivo para as questões específicas.
"Esse compromisso assumido pelo BNB de cumprir o acordo da categoria é muito importante nesse momento em completamos 20 anos de convenção coletiva. Os funcionários do BNB merecem esse reconhecimento e precisam integrar essa unidade com os demais bancários do Brasil. Aliás, esse é um dos principais objetivos da Contraf-CUT: promover a unidade nacional", salienta o dirigente sindical.
PLR
O Comando Nacional reivindicou que, além da regra da PLR a ser negociada com a Fenaban, o banco reserve mais 5% do seu lucro líquido para o pagamento de PLR Social aos seus funcionários. Foi ainda proposto anistia do empréstimo/concessão dado aos funcionários a título de PLR, já que o lucro do banco não foi suficiente para honrar o pagamento do benefício.
Isonomia
Os bancários cobraram isonomia de tratamento entre novos e antigos funcionários. "Sabemos da dificuldade desse debate com o governo e órgãos reguladores, mas ele é importante, pois repara injustiça feita no governo FHC contra funcionários que fazem a mesma função, mas não tem o mesmo direito. Corrigir essas distorções é uma questão de justiça", enfatiza o coordenador da CNF-BNB, Tomaz de Aquino.
Principais reivindicações específicas dos funcionários do BNB
– Revisão do Plano de Cargos e Remuneração (PCR)
– Instalação do Ponto Eletrônico
– Combate ao assédio moral
– Isonomia de direitos entre os funcionários
– Revisão dos planos BD e CV da Capef
– Afastamento dos diretores da gestão Roberto Smith
Fonte: Contraf-CUT com Seeb Ceará e Comissão Nacional dos Func. do BNB