O número de beneficiários do Programa Bolsa Família registrou, em julho, a maior com relação ao mês anterior desde 2003, data em que foi criado: foram 543 mil beneficiários a menos.

Antes do impeachment que retirou do governo a presidenta Dilma Roussef (PT)f, havia 13,9 milhões de famílias recebendo recursos do programa. Hoje, são beneficiados 12,7 milhões depois do último corte feito em julho deste ano. O corte inclui suspensões para avaliação e cancelamentos.

Segundo relatos divulgados pelo UOL, os beneficiários não foram informados previamente sobre o corte, e as pessoas não foram notificadas para recadastro.

Ainda segundo a reportagem, o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) não explicou a redução e culpou em nota a “condução desastrosa da política econômica brasileira e a irresponsabilidade fiscal do governo Dilma Rousseff”.

As reduções vêm sendo feitas de maneira sistemática desde que Michel Temer assumiu a Presidência da República. No final de 2016, o governo cancelou 469 mil e bloqueou mais  667 mil.

Na época, o MDSA afirmou que foram encontradas irregularidades nos cadastramentos. Além disso, anunciou que o pente-fino no programa ocorreria todo mês.

Legado

Até hoje, com 14 anos de existência, o Bolsa Família Bolsa Família ajudou a manter 36 milhões de pessoas fora da linha da extrema pobreza e se tornou referência mundial no combate à fome.

Em 2015, o Relatório de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) destacou o programa como essencial para a redução da pobreza multidimensional, por promover acesso à saúde, à educação e à assistência social.

O Bolsa Família é voltado para famílias extremamente empobrecidas (com renda per capita mensal até R$ 85) e pobres (com renda per capita entre R$ 85,01 e R$ 170). Ao entrarem no programa, elas recebem o auxílio financeiro e, como contrapartida, cumprem compromissos nas áreas de saúde e educação

Edição: Camila Rodrigues da Silva