São Paulo – Mesmo com lucro de R$ 9,352 bilhões no semestre, construído pelo esforço dos funcionários, as condições de trabalho em agências e departamentos do Bradesco não estão nada boas. Sobram sobrecarga de trabalho, demissões, assédio moral e desvios de função. Situação que ficou ainda mais dramática com o PDV (Plano de Desligamento Voluntário Especial).
“Apesar do excelente lucro no semestre, construído com o esforça de bancários e bancárias, as condições de trabalho estão cada vez mais deterioradas. Mesmo com a implantação do PDV, as demissões continuam, acarretando aumento da sobrecarga de trabalho e deixando os funcionários inseguros. Apesar do seu alegado caráter voluntário, não faltam boatos de que quem não aderiu ao PDV pode estar jogando fora sua última chance de sair do banco com honra”, critica o dirigente sindical e bancário do Bradesco Luciano Ramos, reforçando ainda que a adesão ao PDV é uma decisão que cabe somente ao trabalhador.
“Além disso, continuam chegando ao Sindicato mais e mais denúncias sobre assédio moral no banco. E, na hora de apurar os casos de assédio, o Bradesco não aplica a mesma velocidade que cobra dos bancários quando metas precisam ser batidas. `Pra frente´ no Bradesco só mesmo o lucro e a exploração dos trabalhadores”, acrescenta.
Luciano denuncia também que, apesar do banco afirmar que está corrigindo o Plano de Cargos e Salários, as distorções ainda são muitas. “Bancários estão desempenhando funções que não são suas e não estão recebendo para isso”.
O dirigente enfatiza que o Sindicato está atento e atuando para que os problemas nas condições de trabalho sejam solucionados.
“O banco é como feijão, só funciona na base da pressão. Portanto, a velocidade com que o Bradesco retorna as cobranças do Sindicato depende da mobilização e participação efetiva dos trabalhadores, denunciando problemas com a maior riqueza de detalhes possível, o sigilo é absoluto. E participando dos protestos e atividades da entidade. O Sindicato não existe por si só, ele é a soma das forças de cada bancário e bancária. Se você ainda não é sindicalizado, procure um dirigente, entre em contato pelo 3188-5200, por WhatsApp [97593-7749] ou acesse spbancarios.com.br/sindicalize-se. Só a luta te garante!”, conclui Luciano.
Foto: Mauricio Morais