O trabalhador já tinha 18 anos de banco e, segundo seus superiores, estava a um passo de ser promovido de chefe de serviço a gerente administrativo. A promoção já havia sido informada por dois diretores regionais e contava com o aval do gerente da unidade.
Funcionário-modelo, a fotografia de Leonardo ficou exposta por muitos meses na parede da copa da agência, onde os bancários fazem suas refeições e tomam um cafezinho, quando podem. Mas, quando o futuro parecia promissor para o bancário, veio a demissao.
Não foi a primeira vez que um bancário do Bradesco foi demitido nestas circunstâncias na região. Em agosto de 2009 aconteceu uma situação semelhante a uma funcionária da agência do banco em Paraíba do Sul, cidade que integra a base do Sindicato dos Bancários de Três Rios.
A bancária, assim como Leonardo, foi demitida e, em seguida, reintegrada por força de liminar após a identificação da doença ocupacional. Quando a ação de reintegração foi encerrada, veio a demissão definitiva.
"A impressão que dá é de que o Bradesco não aceita reintegrações de funcionários. Assim que o processo foi concluído, o banco decidiu dispensá-lo, mesmo com seu bom desempenho e a promessa de promoção", analisa Nilton Damião Esperança, vice-presidente da Federação e presidente do Seeb-Três Rios.
Colega de banco de Leonardo, Niltinho escreveu uma carta aberta, distribuída em forma de panfleto pelos dirigentes do Sindicato, denunciando a demissão arbitrária e injusta do bancário. No documento, o sindicalista destaca que, se um funcionário dedicado, admirado e de valor reconhecido pelos superiores pode ser descartado com tamanha facilidade, nenhum empregado do Bradesco pode ter certeza de seu futuro dentro da empresa.
Fonte: Feeb RJ/ES