Leonardo, bancário da agência Três Rios do Bradesco, tinha sua foto exibida na copa da unidade como exemplo de profissional dedicado. Com o reconhecimento que havia conquistado, nunca imaginava que sua carreira no banco estava prestes a ser encerrada.

Depois de ser demitido em maio de 2006, o bancário foi reintegrado um ano e quatro meses depois, por força de liminar. Assim que reassumiu seu posto na agência, o funcionário retomou o trabalho com força total, apesar do quadro de LER que já estava instalado. Mas, quando o processo judicial foi encerrado, Leonardo foi novamente demitido.

O trabalhador já tinha 18 anos de banco e, segundo seus superiores, estava a um passo de ser promovido de chefe de serviço a gerente administrativo. A promoção já havia sido informada por dois diretores regionais e contava com o aval do gerente da unidade.

Funcionário-modelo, a fotografia de Leonardo ficou exposta por muitos meses na parede da copa da agência, onde os bancários fazem suas refeições e tomam um cafezinho, quando podem. Mas, quando o futuro parecia promissor para o bancário, veio a demissao.

Não foi a primeira vez que um bancário do Bradesco foi demitido nestas circunstâncias na região. Em agosto de 2009 aconteceu uma situação semelhante a uma funcionária da agência do banco em Paraíba do Sul, cidade que integra a base do Sindicato dos Bancários de Três Rios.

A bancária, assim como Leonardo, foi demitida e, em seguida, reintegrada por força de liminar após a identificação da doença ocupacional. Quando a ação de reintegração foi encerrada, veio a demissão definitiva.

"A impressão que dá é de que o Bradesco não aceita reintegrações de funcionários. Assim que o processo foi concluído, o banco decidiu dispensá-lo, mesmo com seu bom desempenho e a promessa de promoção", analisa Nilton Damião Esperança, vice-presidente da Federação e presidente do Seeb-Três Rios.

Colega de banco de Leonardo, Niltinho escreveu uma carta aberta, distribuída em forma de panfleto pelos dirigentes do Sindicato, denunciando a demissão arbitrária e injusta do bancário. No documento, o sindicalista destaca que, se um funcionário dedicado, admirado e de valor reconhecido pelos superiores pode ser descartado com tamanha facilidade, nenhum empregado do Bradesco pode ter certeza de seu futuro dentro da empresa.

Fonte: Feeb RJ/ES

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