Crédito: Seeb Curitiba

Seeb Curitiba Em visita a agências que fazem parte da base territorial do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, os diretores constataram, mais uma vez, o descaso do Bradesco e do Itaú Unibanco com a segurança de seus funcionários e clientes.

Nos municípios de Rio Negro, Quatro Barras, Pien, Quitandinha, Contenda, Itaperuçu, Rio Branco do Sul, Cerro Azul, Bocaiúva do Sul, Mandirituba e Campina Grande do Sul, 11 novas agências não possuem porta giratórias de segurança e a grande maioria conta com a presença de apenas um vigilante.

Em Curitiba, existe uma lei municipal que obriga os bancos a terem portas de segurança. Mesmo assim, muitas agências não cumprem com a obrigação, principalmente as do Bradesco e do Itaú Unibanco. Em cidades que não possuem lei semelhante, caberia ao bom senso dos gestores dos bancos a opção por implementação das portas.

Além disso, a lei nº 7.102/83, que trata de segurança privada, exige que, para funcionar, a agência bancária tenha no mínimo dois vigilantes, o que não acontece nessas cidades. "Já pedimos a atualização desta lei, que é bastante defasada. De acordo com ela, as portas não são obrigatórias, o que é um atraso, já que ela é o símbolo maior da redução de casos de assaltos a bancos", reforça Carlos Copi, diretor da Fetec-CUT-PR e representante do Paraná na Mesa Temática de Segurança Bancária na Fenaban.

Números comprovam

Desde a instalação das portas giratórias no ano 2000, o número de assaltos caiu em todo país. Em 2011, quando alguns bancos começaram a retirar as portas – novamente, com destaque para Bradesco e Itaú -, os números voltaram a crescer.

No ano passado, foi registrado um total de 1.591 ataques a bancos, sendo 959 arrombamentos ou explosões de caixas eletrônicos e 632 assaltos. Os dados são da 2ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, realizada pela Contraf-CUT com a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV).

Já o número "oficial" divulgado pela Febraban foi de 422 assaltos a agências em 2011.

"É uma vergonha que, com lucros cada vez maiores, os bancos invistam tão pouco em segurança. A proteção da vida das pessoas precisa estar em primeiro lugar", finaliza Carlos Copi.

Propostas dos bancários

– Portas de segurança com detectores de metais
– Câmeras internas e externas com monitoramento em tempo real
– Vidros blindados nas fachadas
– Vigilantes armados
– Biombos entre a fila de espera e a bateria de caixas
– Divisórias individualizadas e opacas entre os caixas e caixas eletrônicos
– Escudos de aço com assento para utilização dos vigilantes

Fonte: Seeb Curitiba

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