O Bradesco fechou acordo operacional com o Bank of America Merrill Lynch (BofA) para emissão de cartões empresariais, que vão ser distribuídos pelo banco americano a seus clientes. Com bandeira MasterCard, o "funding" e a gestão serão de responsabilidade do Bradesco.
 

As unidades serão destinadas, principalmente, a funcionários domiciliados no Brasil de multinacionais ou escritórios de representação dos Estados Unidos.

Os novos cartões trarão impressa também a marca do BofA e, segundo o responsável pela área de produtos do Bradesco, Márcio Parizzotto, a expectativa é movimentar R$ 150 milhões em transações com os cartões da parceria anualmente.

"Com o aumento de fluxo de investimentos destinados ao Brasil é cada vez mais comum ver executivos de grandes e médias empresas passarem seis meses, um ano no país, e nessa temporada precisam de um meio de pagamento, de preferência em moeda local", diz.

Para a empresa com profissionais trabalhando fora do mercado de origem, o cartão vai eliminar despesas de câmbio e também permitir a gestão dos gastos e uma comunicação direta com a contabilidade das companhias, graças a uma plataforma de fluxo de caixa desenvolvida mundialmente pela MasterCard.

Os cartões serão distribuídos nas agências do BofA nos EUA nas modalidades compras, viagem e despesas corporativas. "Antes, esses gastos eram feitos com cartões internacionais, era um fluxo não capturado pelo nosso sistema de pagamentos, um mercado até então inexplorado por qualquer emissor brasileiro", afirma Parizzotto.

Não é de hoje que Bradesco e BofA têm relacionamento bastante estreito no Brasil, mas até aqui era limitado às áreas de tesouraria e de atacado. Segundo Parizzotto, como o Bradesco tem tradição em cartões empresariais, vem trabalhando na oferta de produtos personalizados.

Só com o portfólio de cartões empresariais, o Bradesco tinha, ao fim do primeiro trimestre, uma carteira de crédito de R$ 11,3 bilhões – o banco não abre o tamanho da sua base. No total, a instituição tem 87,4 milhões de cartões de crédito emitidos, tendo movimentado, no primeiro trimestre, R$ 20,2 bilhões.

Fonte: Adriana Cotias – Valor Econômico

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *