Bradesco liderou adoecimento de bancários em 2024 na base do Sintrafi-PB

Os números apurados até o dia 6 de março ratificam a tendência para 2025

A Secretaria de Saúde do Sindicato dos Bancários da Paraíba analisou as emissões de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) em 2024, onde bancárias e bancários do Bradesco ocuparam o topo das vítimas de doença ocupacional.

O segundo banco que mais adoece trabalhadores na base do Sintrafi-PB é o Itaú; tendência que se confirma pelos números apurados até o dia 6 de março deste ano. As mulheres sofrem mais ocorrências que os homens e as LER/DORT superam as doenças psicológicas, de acordo com o levantamento feito pela psicóloga Miha Maia, que faz o acolhimento, orientação e acompanhamento dos casos que chegam à secretaria de saúde da entidade.

Por Bancos

O Bradesco é o campeão de adoecimento, com 82 ocorrências em 2024 e 11 este ano, ou seja, respectivamente 47,67% e 52,38%. No segundo lugar, vem o Itaú com 52 CATs em 2024 e 5 este ano, que correspondem a 30,23% e 23,81%. O Santander ocupa o terceiro degrau do adoecimento com 16 casos em 2024 e apenas 2 este ano, ou seja, 9,30% e 9,52%. O banco Safra aparece em quarto lugar, com 8 ocorrências (4,65%) em 2024 e nenhuma este ano; seguido da Caixa (7), BB (6) e Banco C6 (1) em 2024 e uma ocorrência cada um deles em 2025.

LER/DORT

Apesar de as doenças psicológicas serem responsáveis pelo afastamento de muitas bancárias e bancários do trabalho para tratamento de doenças laborais, as Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT) tiveram mais ocorrências em 2024. Entretanto, este ano começou com as doenças psicológicas na dianteira da emissão de CATs.

Por Gênero

Em 2024, com 98 CATs emitidas as mulheres foram as maiores vítimas das doenças relacionadas ao trabalho na base do Sintrafi-PB, representando 56,98% das ocorrências. E, além da dupla ou tripla jornada de trabalho, as informações coletadas até o dia 6 de março mostram que as mulheres já começaram o ano de 2025 à frente dos homens no acometimento por doenças ocupacionais.

“Avaliamos de forma positiva o trabalho que estamos desenvolvendo à frente da Secretaria de Saúde do Sindicato, mas os números nos assustam. O fechamento de agências físicas, redução dos quadros funcionais, aumento do atendimento virtual, da base de clientes e das metas cada vez mais abusivas e absurdas mostram que vamos precisar de mais unidade, mais força, mais estratégia, muita ação e disposição de luta para nos contrapormos à ganância dos banqueiros na busca incansável por melhores condições de trabalho que preservem a saúde e a vida dos nossos companheiros bancários e bancárias”, avaliou Washington Luiz.

mm/ois

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