Com o fim do prazo para recorrer da decisão da Justiça, o Bradesco terá de pagar indenização que pode ultrapassar R$ 1 milhão ao ex-gerente Antônio Ferreira dos Santos, 47, que alega ter sofrido assédio moral e discriminação sexual em sua demissão por justa causa.

O prazo para o banco recorrer da decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho) terminou em outubro, segundo o tribunal e advogados do ex-gerente.

Em abril, o TST manteve a decisão do TRT da Bahia, que determinou indenização no valor de R$ 200 mil (sem considerar correção e juros dos últimos cinco anos, quando a ação teve início), além do pagamento de um valor referente ao salário em dobro do ex-gerente desde a demissão até a ação ser encerrada (a quantia pode chegar a R$ 960 mil).

"Os juízes foram justos. Fui demitido por justa causa, sem explicação formal do Bradesco. Tive minha reputação profissional manchada. Finalmente vou tirar um peso das minhas costas", diz.

Formado em letras e pós-graduado em gestão de negócios, Santos atua como corretor de seguros. De 1999 a 2004, foi gerente-geral de agência em Salvador. "Fui vítima de assédio moral na presença de colegas. Um gerente regional dizia que o Bradesco era um lugar para homens, e não para bichas."

O Bradesco não informou por que não recorreu. O que o banco pode fazer agora é contestar os cálculos da ação, segundo especialistas consultados pela Folha.

Fonte: Folha de S.Paulo / Claudia Rolli

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