SÃO PAULO – O governo brasileiro convocou na noite deste sábado, 23, o embaixador no Paraguai para consulta em Brasília em sobre a deposição do presidente Fernando Lugo. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores informou que avalia junto com os integrantes do Mercosul e da Unasul medidas contra a chamada "ruptura de ordem democrática" no país vizinho. Mais cedo, Argentina determinou que seu embaixador deixe as atividades no Paraguai.

O Itamaraty condenou o "rito sumário" que destituiu Lugo do poder, avaliando como um breve juízo político que não foi adequadamente assegurado o "amplo direito de defesa". "O Brasil considera que o procedimento adotado compromete pilar fundamental da democracia, condição essencial para a integração regional", explica a nota.

"Medidas a serem aplicadas em decorrência da ruptura da ordem democrática no Paraguai estão sendo avaliadas com os parceiros do Mercosul e Unasul, à luz de compromissos no âmbito regional com a democracia", acrescenta. O comunicado do Ministério de Relações Exteriores ressalta, porém, que "não tomará medidas que prejudiquem o povo irmão do Paraguai".

O Senado paraguaio, com maioria oposicionista ao então chefe de Estado, decidiu tirar Lugo do poder na sexta-feira, por 39 votos a 4. Lugo sofreu impeachement na sexta-feira após julgamento de um dia, acusado pela Câmara dos Deputados do país de "desempenhar mal suas funções". O vice-presidente Federico Franco subiu ao poder no lugar dele.

Fonte:  O Estado de São Paulo

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